Prefeitura mais uma vez dá calote e trabalhadores ficam sem vale-transporte intermunicipal

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Mais uma vez a prefeitura de Ribeirão Preto deu calote nas empresas de transporte público que oferecem o vale-transporte intermunicipal e os servidores estão tendo de custear suas passagens para trabalharem com dinheiro do próprio bolso. Não é a primeira vez que a prefeitura deixa de repassar os valores para as empresas e cerca de 200 servidores ficam sem o vale-transporte intermunicipal. Mesmo não pagando as empresas, a prefeitura tem descontado do trabalhador a porcentagem que é paga pela categoria.

“Na opinião do Sindicato isso torna a situação ainda pior. A prefeitura desconta do servidor e mesmo assim não paga as empresas. O que o governo está fazendo com o valor que é descontado do servidor? Isso é no mínimo apropriação indébita, pois a prefeitura desconta e não repassa para as empresas. Os servidores estão tendo de custear as passagens para trabalhar do próprio bolso e ainda sofrem com os descontos que são feitos diretamente no holerite. Os funcionários estão pagando duas vezes para trabalhar. Não é a primeira vez que a prefeitura faz isso. Nos últimos meses os atrasos são recorrentes e já faz uma semana que os servidores estão tendo de custear com dinheiro do próprio bolso as passagens intermunicipais. Um absurdo”, ressalta o diretor do Sindicato, Valdir Avelino.

De acordo com o que o Sindicato dos Servidores apurou, as empresas Rápido D’Oeste, São Bento e Ramazini enfrentam o mesmo problema.

“As empresas não têm culpa, pois é a prefeitura que não está fazendo os pagamentos. Quando a prefeitura cumpria com os pagamentos em dia nunca tivemos problemas, mas agora está muito complicado. O governo tem que resolver essa situação. Os trabalhadores não podem continuar arcando com os prejuízos de uma administração péssima”, fala Valdir.

“Os servidores não receberam o vale-transporte e a prefeitura está descontando a porcentagem referente ao trabalhador. Isso é crime. Onde já se viu descontar a parte que compete ao servidor e não repassar a parte patronal. O trabalhador está pagando por algo que ele não está recebendo. Vamos buscar medidas jurídicas se necessário para resolver o problema pra ontem”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.

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