Daerp à beira do colapso!

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Por Laerte Carlos Augusto*

Nas assembleias setoriais os trabalhadores e trabalhadoras do Daerp conclamaram toda a categoria para ajudar a defender o órgão que vem passando por dificuldades políticas de sustentação do serviço.
Acontece que por influência (e indicação) política, os péssimos gestores, que deveriam apresentar soluções ao órgão, têm furtado de suas responsabilidades, cumprindo tabela administrativa e não apresentando soluções viáveis para o futuro.
Essa inércia tem colocado o Daerp, que por muitos anos gloriou com um serviço rápido, ágil e de qualidade, no ranking negativo do serviço publico.
Como diz o ditado que `a corda sempre arrebenta do lado mais fraco`, é contra os trabalhadores públicos que a sociedade vem responsabilizando a causa e o efeito desse descompasso.
Preocupados com a situação os trabalhadores denunciaram muitos desmandos e desmanches de políticas públicas em setores vitais da autarquia. A falta de estrutura é tanta, que falta equipamentos e materiais necessários ao bom atendimento.
A população nem sabe do risco de morte que existe para os trabalhadores públicos quando desempenham suas funções em locais que a modernidade chegou aplicando tubulações de gás, fios de energia elétrica e redes complementares abaixo da superfície para um novo modelo arquitetônico central e adjacências.
Apesar de toda inovação urbanística, os trabalhadores do Daerp ainda efetuam suas atividades nesses locais de complexidade citados de forma precária e de modo que somente em décadas passadas poderia ser aplicada. Imagina você que a melhor forma de saber onde está a obstrução de um esgoto ou de agua é a base do `olhometro`. Agora, pode um trabalhador abrir um buraco para resolver o problema da sociedade sem ter um mapeamento logístico dessa inovação urbanística? Estamos acreditando que tragédias imensuráveis só acontecem em Santa Maria-RS, cidade da Boate Kiss. Um manejo errado terá proporções reais de explosão na área central.
O que dizer dos veículos que estão sem condições de uso, dos uniformes que não existe, do aumento de chefias políticas e que nem sequer entendem o que significa uma bucha de torneira.
A população reclama com razão da demora do atendimento, pois numa cidade em que cresce a frota de veículos zero, com transito caótico em sua malha viária, para um simples veículo ir de um ponto a outro na cidade demora muito tempo. Agora imagine o trabalhador do Daerp que para efetuar um reparo, por exemplo, na zona norte, tem que ir de trator (que será o instrumento de trabalho no local) sai pelas ruas do centro de operação da rua Pernambuco até o outro lado da cidade. Como pode ter agilidade e qualidade se a administração do Daerp não consegue compreender a necessidade de regionalizar o setor operacional para o atendimento?
Os trabalhadores esperam que problemas históricos de evolução da categoria sejam contemplados com a construção de Plano de Carreira próprio da autarquia e não um apêndice tipo guarda chuva do PCCS da Administração Direta.
De tudo, nós servidores, além de exigir melhores ferramentas de trabalho, temos que atuar como população que somos e engajar nesse movimento para fortalecer e dignificar com qualidade de serviço público o Daerp para evitar que o mal da terceirização ou privatização deixe de assolar definitivamente o nosso maior bem: a água.

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