Governo quer impor aumento abusivo no Sassom

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Aumento do desconto bem acima da inflação e do último reajuste salarial, mesmo sem justificativas claras e acessíveis, teria apoio da maioria dos conselheiros, afirmou atual superintendente do Sassom

 

Sem investimentos e sem reposição de servidores, o funcionamento do serviço público municipal vem sendo obtido por meio do esforço e a custa da saúde dos seus servidores.

E qual é a recompensa que o Governo quer dar aos seus trabalhadores por este zelo e empenho? Segundo a atual superintendente do Sassom, Maria Regina Ricardo, a retribuição do Governo virá através de aumentos no desconto do Sassom muito acima do último reajuste salarial e da inflação.

Em reunião com a superintendente do Sasson, a direção do Sindicato dos Servidores deixou claro que “esse aumento pretendido é ainda mais difícil de aceitar por querer ser aplicado por um Município que se mostra tão rico, que opera no azul e é responsável por tantos adoecimentos resultantes do estresse e do assédio moral característicos das suas condições de trabalho”.

Durante a reunião, Laerte Carlos Augusto, presidente do Sindicato, afirmou que “se as condições de trabalho fossem menos massacrantes, os servidores municipais talvez não seriam obrigados a acionar os serviços do Sassom com frequência. De qualquer forma, não há justificativa para o aumento, partindo de um serviço que opera no azul, com lucro. É um insulto que demonstra a total falta de humanidade e  consideração deste Governo pelos seus trabalhadores”.

O servidor Gaspar Marcelino, diretor do Sindicato e que representa a entidade no Conselho do SASSOM está indignado com a intenção de  reajuste do Sasson muito acima da inflação. O conselheiro comprovou que 

o Sassom não é deficitário.”Por que então a intenção de aumentar a contribuição dos servidores se o SASSOM está no azul ? A única explicação é que o atual Governo segue empenhado em dificultar direito dos servidores a saúde”.

No vale-tudo para aumentar o desconto do Sassom apenas para os trabalhadores, o Governo não descarta usar campanhas em rádio e TVs para convencer os servidores de que o aumento é necessário para o Sassom não quebrar. Segundo a atual superintendente do órgão, a maioria dos conselheiros do Sasson já teria aderido a propaganda e a tese enganosa do Governo.

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“É um aumento totalmente fora da realidade e completamente incompatível com o reajuste salarial e a inflação verificada no período”, garante o presidente do Sindicato. “ Pelo valor que já vem sendo descontado mensalmente, os servidores municipais deveriam ter cobertura mais ampla nos melhores hospitais e acesso facilitado aos diversos procedimentos médicos. A intenção do Governo no Sassom revela que quem havia prometido fazer mais com menos, está na verdade fazendo menos e querendo mais” complementa o dirigente.

A direção do Sindicato dos Servidores Municipais acredita que a atual superintendente do Sasson está equivocada em relação a aprovação pela maioria dos Conselheiros do Sassom do aumento acima da inflação e do reajuste salarial. Entrar na Justiça é uma das alternativas para barrar o aumento excessivo e não autorizado pelos servidores. Ao ingressar com a ação, o Departamento Jurídico do Sindicato tem a possibilidade de pedir a suspensão imediata (via liminar) do aumento abusivo.

“O Sindicato é bem representado no Conselho do Sassom e eu não tenho porque presumir que os demais conselheiros aceitariam um aumento absurdo imposto pelo Governo. Mesmo assim eu vou acompanhar pessoalmente a evolução dessa investida do Governo para, de uma forma ou de outra, barrá-la. Não há justificativa em linguagem clara e acessível que comprove a necessidade de tal aumento. Se houver necessidade de ação judicial contra o aumento abusivo, quero que seja também analisada aspectos da responsabilidade de quem impôs ou autorizou tal aumento em diversos âmbitos do Direito, quais sejam: civil, administrativo, penal e tributário” garantiu o presidente do Sindicato.

Laerte justifica que essa avaliação e responsabilização de conduta por um eventual aumento injustificado e abusivo poderá ser necessária pois segundo o dirigente “a má administração do Sassom pode gerar aumento das contribuições de seus participantes, reduzindo o salário e, consequentemente, a qualidade de vida de milhares de pessoas, e ainda, na pior das hipóteses, inviabilizar o pagamento. Por isso, eventualmente o estudo da responsabilidade de quem participou de uma grave operação e agiu sem cautela ou zelo será de grande relevância”.

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