A CTB e as demais centrais sindicais se reuniram nesta segunda-feira (5), em Brasília, com representantes do governo federal, do empresariado e do Congresso Nacional para discutir o Projeto de Lei (PL) 4330/2004, a respeito da terceirização no país. Para Joílson Cardoso, secretário de Política Institucional e Relações Sindicais da CTB, o encontro não surtiu o efeito esperado, pois a esperada negociação entre os quatro setores envolvidos não aconteceu.
“A CTB segue apostando na negociação, mas até agora isso não houve. O governo apresentou uma proposta completa, no intuito de substituir o PL 4330, mas essa proposta só contempla os interesses dos empresários e do Congresso, deixando de lado o que pensa a classe trabalhadora”, afirmou.
Diante desse impasse, a CTB manifestou a intenção de prolongar as negociações em torno da mesa quatripartite, mas o governo, os empresários e os parlamentares decidiram que haverá somente mais uma reunião, na próxima segunda-feira (12), para finalizar os detalhes da proposta que será levada ao plenário ainda na semana que vem.
“Mantido esse relatório, dificilmente a CTB o assinará, pois não houve negociação”, afirma o dirigente cetebista, citando três elementos que inviabilizam o texto apresentado pelo governo: “Essa proposta destrói o ordenamento jurídico brasileiro, pois permite que todos os trabalhadores se tornem terceirizados e que tenham seus salários reduzidos. Além disso, seria uma verdadeira democratização da morte, pois de cada dez mortes por acidentes de trabalho, oito ocorrem com terceirizados”, afirmou.
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