Comunicado do Sindicato dos Servidores Municipais afirma que Governo apresentou “Mais do mesmo” em coletiva sobre gastos

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Até pela repetição, o conteúdo das medidas anunciadas pelo governo com a justificativa de conter despesas fica longe de surpreender. A impressão de que se trata de “mais do mesmo” é inevitável. O Executivo repete o mesmo discurso de dois anos atrás. Desta vez, o Governo pinçou dados da economia nacional, mas continuou escamoteando o debate para produzir supostas verdades sem que os reais problemas da cidade tenham sido abordados no pronunciamento.

Titulares de duas importantes secretarias , espalharam o terror com o argumento de que a única alternativa ao caos seria a continuidade do desmonte do serviço público. E o Governo, em final de mandato, comprou e assumiu a ideia. O Governo não quer conter gastos e reduzir drasticamente o número de funcionários sem concurso. O que o Executivo quer reduzir é a oferta de serviços para a cidade e tentar conter o ânimo dos servidores que estão em plena campanha salarial.

Como é sabido por todos, nos anos 90, o atual secretário municipal de governo, veio para Ribeirão Preto e tentou implantar na cidade um modelo de gestão político-administrativo que buscava minimizar, de forma estrutural, a presença da Prefeitura na vida da cidade.

Naquela época, enquanto o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso promovia privatizações em massa, desmontava bancos e empresas estatais, patrocinava demissões com dinheiro do BNDS, no âmbito local, o atual secretário de governo, submetia os servidores municipais a desumanas pressões de ordem moral e financeira.  

Uma década e meia depois, quando a atual gestão resolveu se apossar da herança mais maldita da gestão Jábali, Osvaldo Ceoldo volta ao governo e encontra por lá com neoliberais tardios. A atual secretária da pasta da infraestrutura é uma delas. Co-gestora de um mandato que deixou a cidade quebrada, os cofres públicos esvaziados e o futuro comprometido pela ruína da infraestrutura.

Não estamos julgando pessoas e sim um caminho escolhido. O caminho escolhido pelo governo é o desmantelamento do serviço público. Para agravar a situação e acelerar a falta de acesso da população à saúde, a educação, a assistência social, a água, a infraestrutura e a demais serviços que a Prefeitura deveria oferecer, o governo demonstra intolerância ao diálogo, desrespeito às convenções e acordos, e até as decisões emanadas do judiciário em defesa da vida das pessoas e dos direitos dos trabalhadores.

“Queremos uma política de valorização dos servidores e da cidade, mas o governo continua apostando na degradação do serviço público, pois é impossível diminuir investimentos e fazer cortes, sem que o serviço oferecido seja comprometido”, diz o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.

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