Centrais e Fiesp farão atos em defesa do emprego e contra a desindustrialização

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Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, a reunião foi positiva, já que a Fiesp e seus empresários se mostraram dispostos a se colocarem ao lado dos trabalhadores na defesa por mudanças à política macroeconômica. “O setor industrial brasileiro precisa ser fortalecido. A atual política impede que isso aconteça e afeta diretamente a classe trabalhadora”, disse o dirigente.

Wagner Gomes destaca que, obviamente, existem diversas diferenças entre determinadas políticas das centrais sindicais e do empresariado, mas neste momento há também algumas causas que os unem. “Há alguns consensos que serão levados por nós para o debate nas ruas, no Congresso Nacional e junto ao governo federal. O declínio da indústria nos coloca em uma situação complicada, não apenas do ponto de vista econômico, mas também sob o aspecto social”, afirmou.

Para o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o momento é de superar divergências com o empresariado. “A crise vai acabar chegando aqui. Muitos setores, como o de vestuário, já estão demitindo”, destacou. Ricardo Patah, presidente da UGT, cobrou uma análise mais profunda do atual cenário. “Tivemos uma série de conquistas com Lula e sem dúvida o Brasil melhorou, mas não podemos ver apenas a superfície, já que ainda há muitas coisas erradas no país”, disse. Por sua vez, Ubiraci Dantas, presidente da CGTB, foi direto ao ponto: “A pedra de toque é trabalharmos por mudanças na política macroeconômica e mostrar para o governo o que estamos sentindo”.

Manifesto e mobilização

Durante a reunião, confirmou-se a necessidade de elaboração de um manifesto político sobre o tema da desindustrialização, do desenvolvimento e da defesa do emprego. Além disso, Paulo Skaf, presidente da Fiesp, propôs que as centrais e os empresários se reúnam com o vice-presidente Michel Temer e o ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para apresentar-lhes o conteúdo de suas reivindicações. O encontro deve ocorrer na próxima semana.

Ainda em fevereiro, as centrais e os empresários devem realizar uma grande plenária, com a presença da imprensa, para que as datas de mobilizações e o manifesto sejam divulgados. “A militância da CTB estará nas ruas em cada uma das mobilizações. Nossa Direção e nossos filiados têm a clara convicção de que o Brasil precisa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho. Sem uma indústria forte, esse projeto vai por água abaixo e perderemos uma oportunidade histórica para o país. Este momento é decisivo e é por isso que o primeiro semestre deste ano será de muita luta”, destacou Wagner Gomes.

Fernando Damasceno – Portal CTB

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