BB entra na briga para forçar queda do spread bancário

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O Banco do Brasil deu a largada ontem (4) na estratégia do governo federal de forçar a queda do spread bancário, sinalizada pela presidente Dilma no lançamento das medidas de incentivo à indústria, dia 3. O banco estatal elevou em até R$ 43,1 bilhões os limites de crédito para micro e pequenas empresas e pessoas físicas, além de reduzir substancialmente os juros cobrados pela instituição.

O BB anunciou o pacote BomPraTodos, que eleva os limites de crédito em R$ 26,8 bilhões para micro e pequenas empresas, com redução em 15% nas taxas de capital de giro, a partir de 0,96% ao mês, e de 16% para desconto de cheques pré-datados, duplicatas e outros recebíveis, a partir de 1,26% ao mês.

Para pessoas físicas, os limites de crédito serão elevados em R$ 16,3 bilhões, com redução de 19% para o financiamento de veículos, a partir de 0,99% ao mês, e de 45% no crédito ao consumo. Para os aposentados e pensionistas do INSS, o consignado terá taxa de 0,85% a 1,80% ao mês. Quem recebe por meio do BB terá juros do rotativo do cartão de crédito de 3% ao mês, sendo que a taxa média atual é de 12,25%.

Juro menor – Segundo especialistas, a iniciativa será eficiente para a redução da média do spread bancário, atualmente em 28,4% no geral, sendo 18,8% em pessoa jurídica e 35,8% em pessoa física.

Dieese – Para José Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de relações sindicais do Dieese, “são medidas pontuais, que podem ter reflexos positivos no combate à desindustrialização, principalmente no que se refere à melhoria das condições para aquisição de veículos”. O economista lembra que toda medida de ampliação de crédito e redução de juros tem reflexo positivo na cadeia produtiva.

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