Após uma manifestação de protesto realizada pelo o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto nesta sexta-feira, dia 28 de junho, na porta da sede do IPM – Instituto de Previdência do Município, o superintendente do Instituto, Luis Carlos Teixeira deixará o cargo. Essa era uma das três reivindicações feitas pelo Sindicato. As outras duas também serão atendidas: efetivação do acordo feito durante a data-base da categoria, em março, e que vinha sendo desrespeitada por Teixeira; e o pagamento de uma dívida de R$ 7 milhões do Instituto com os trabalhadores.
Manifestação – A manifestação, em forma de protesto, começou pela madrugada e se estendeu por toda a tarde desta sexta-feira, em frente à sede do IPM, na rua Visconde de Inhaúma, 258, Centro. Os trabalhadores fecharam as portas do órgão e afirmaram que só iriam parar o movimento quando Teixeira e os diretores ocupantes de cargos comissionados fossem demitidos dos respectivos cargos. Ninguém entrou para trabalhar e com isso, as atividades foram suspensas.
Teixeira foi ao local e bateu boca com os aposentados, acionando a polícia para uma idosa. O secretário da Administração, Marco Antônio, que foi ao local para conversar com os representantes do Sindicato e aposentados, considerou a atitude de Teixeira desnecessária.
Reivindicações – Além da demissão de Teixeira, o Sindicato cobra R$ 7 milhões devidos pelo IPM aos trabalhadores. “Foi feito um desconto indevido da folha de pagamento. Foram cerca de R$ 21 milhões, sendo R$ 14 milhões pagos pela Prefeitura, que no caso é o patrão, e R$ 7 milhões pagos pelos trabalhadores. Só que o IPM devolveu apenas o montante da prefeitura”, explica Wagner Rodrigues, presidente do Sindicato. O terceiro item diz respeito ao pagamento de um acordo firmando com a prefeitura, durante a data-base, referente a um processo conhecido como 5.15% (divida trabalhista remanescente do gatilho salarial no Plano Collor, não paga na gestão do ex-prefeito Welson Gasparini – a ação é estimada em R$ 320 milhões e que pelo acordo será pago em 10 anos). Todas as secretarias e autarquias estavam cumprindo o acordo, menos o IPM.
Reuniões – Com a manifestação, o Governo Municipal procurou o Sindicato para uma reunião. Foram duas reuniões realizadas na tarde entre Sindicato e Governo. No final do segundo encontro ficou definido que Teixeira será demitido na próxima semana. Com relação a divida de R$ 7 milhões e sobre os 5.15%, o Governo se comprometeu a começar a pagar no dia 5 de julho.
Vitória – “Um país progressista é aquele que respeita os trabalhadores que construíram essa nação. Estávamos certos. Aposentados merecem respeito, quando o Superintende chamou a policia para bater em aposentado de 70 anos era tudo ou nada. Vencemos. Parabéns aos trabalhadores por mais essa conquista”, diz Wagner Rodrigues, presidente do Sindicato.