Servidora é agredida e Sindicato exige providências do governo

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Uma servidora (que pediu para não ser identificada) que trabalha na Unidade Básica Distrital de Saúde Norte foi verbalmente agredida por uma mulher que acompanhava uma criança que esperava atendimento no local na manhã desta quarta-feira, dia 13 de abril. O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto e Guatapará foi chamado pelos funcionários da Unidade de Saúde e cobrou uma solução do governo para o problema.
AGRESSÃO – A agressão a auxiliar de enfermagem da UBDS Norte aconteceu quando a tia de uma criança que esperava por atendimento passou a exigir que o menino fosse atendido naquele momento. Ao ser informada de que o atendimento seria realizado de acordo com a ordem de chegada, a acompanhante começou a xingar a servidora, fazer ameaças, dizendo saber onde reside a funcionária e criticar os procedimentos no atendimento. A Guarda Civil Municipal, que mantém dois guardas na Unidade, foi acionada para conter a mulher. “Ela me ofendeu, disse que sabe onde eu moro e falou que estou na Unidade apenas por causa do dinheiro. Trabalho há muito tempo na saúde e me dedico bastante. Foi muito ruim ouvir essas agressões”, falou a funcionária. Diante do quadro, que segundo os funcionários da UBDS Norte se repete diariamente, o Sindicato foi chamado. “Quando chegamos e vimos como estava a situação cobramos a presença imediata do secretário na Unidade para discutir junto com os funcionários uma solução para o problema”, afirma o secretário geral do Sindicato, Valdir Avelino.
SOLUÇÃO – Com a cobrança do Sindicato o secretário da Saúde, Stênio Correia Miranda, o da Casa Civil, Lair Luchese Junior e o Superintendente da GCM, André Luis Tavares, foram para a UBDS para tentar resolver o problema. Depois de mais de uma hora reunidos com os servidores e os diretores do Sindicato, foi elaborado um documento com as sugestões da categoria para tentar solucionar os problemas. “Ficou decidido que a Guarda vai colocar mais dois guardas na Unidade para garantir a segurança dos funcionários e controlar o fluxo de pacientes e a entrada de pessoas no interior do prédio. Nós deixamos claro para o secretário a necessidade de contratar mais profissionais como; médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e também o pessoal administrativo”, diz o presidente da Seccional da Saúde, Noedivaldo Bernardino. “Além de garantir a segurança dos servidores e contratar mais profissionais, precisamos repensar a forma de gestão implantada nas unidades de saúde da nossa cidade. Do jeito que está não tem como funcionar”, alerta o vice presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

Para o presidente do Sindicato o problema é falta de gestão
“O maior problema que as Unidades de Saúde Distritais estão sofrendo nesse momento não é a questão de segurança, e sim a falta de uma gestão mais ampla, que atenda as necessidades da Saúde Pública, que seja capaz de suportar o atendimento com o aumento da demanda registrada nos últimos anos.
Um fator importante, como uma Conferência Municipal de Saúde, não é realizada em Ribeirão há mais de dois anos. Como a população, a sociedade civil organizada e os trabalhadores podem ajudar nessa construção? Sem compromisso, sem gestão e sem uma reforma no sistema, nunca vamos conseguir sanar os problemas.
A gestão de nossa Saúde só conseguiu chegar há uma conclusão; a que não tem capacidade e, justamente por esta falta de capacidade, entrega as Unidades Distritais as OSCIPS”, afirmou Wagner Rodrigues.

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