Seccional da Saúde visitou Agentes de Combate a Endemias; servidores pedem atenção à segurança durante o trabalho

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Na última sexta-feira (16) a coordenação da Seccional da Saúde do Sindicato dos Servidores Municipais realizou diligências em bairros das zonas Norte e Oeste de Ribeirão Preto, a fim de acompanhar o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias.

“Nós realizamos visitas regulares aos locais de trabalho, para ouvir os servidores e saber sobre as condições de trabalho de cada local. Buscamos entender as questões específicas de cada local e formas de solucioná-las”, explicou Debora Alessandra, coordenadora da Seccional. “Com o pessoal da Endemias não foi diferente, estivemos acompanhando a tarde de trabalho deles e durante conversa identificamos algumas situações que precisam de atenção”, afirmou.

As visitas ocorreram às equipes que trabalhavam nos bairros Jardim Alexandre Balbo e Parque Ribeirão Preto e em ambos os casos os trabalhadores atuavam em áreas consideradas de risco.

Normalmente o Agente de Combate a Endemias trabalha em duplas, mas nos últimos dias alguns servidores têm sido obrigados a realizar as visitas sozinhos ou trabalhando em sistema “L”, onde eles somente encontram o parceiro de trabalho nas esquinas a cada dois quarteirões. Para os trabalhadores a situação é problemática e os submete a riscos.

“Muitas vezes são locais ermos, perigosos ou com alto índice de criminalidade. As vezes entramos na residência e tem gente armada, morador usando droga… A hora que você está dentro da casa acabou, não tem o que fazer. E o parceiro está do outro lado do quarteirão, não vai nem saber que algo aconteceu”, contou um servidor.

Para o Sindicato essa forma de atuação, em que o trabalhador realiza o serviço sozinho, expõe a vulnerabilidade do servidor e evidencia até a situação de perigo em esses operam. De acordo com relatos dos agentes, muitas vezes os criminosos os abordam na rua: chegam de moto, exigem os pertences e fogem.

“Muitos agentes já foram assaltados durante o trabalho, perderam aparelho celular, dinheiro e até aliança de casamento. Eles trabalham na rua, muitas vezes em locais perigosos, é importante que eles possam andar aos pares. Não resolve a situação, mas ao menos inibe determinadas ações e comportamentos de terceiros”, destacou Debora.

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O pedido dos agentes é pela forma correta de trabalho, em duplas. “Faz parte do nosso trabalho entrar nas casas, falar com as pessoas e cada um é diferente. Em muitos lugares lidamos com bêbados, usuários de droga, gente mal intencionada… e precisamos entrar. É um grande risco, principalmente para quem é mulher”, expôs outro trabalhador.

A coordenação da Seccional seguirá com visitas regulares aos locais de trabalho e também de acordo com a demanda de servidores. Também se comprometeu a questionar a chefia do setor de endemias para entender o por quê do novo modelo de trabalho.

“Uma parte do nosso trabalho é essa, identificar aquilo que de alguma forma prejudica o dia a dia do servidor e buscar opções para sanar essas questões. Queremos compreender porque foram adotadas essas medidas e fazer o que é melhor para o trabalhador”, finalizou a coordenadora.

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