Prefeitura cancela pregão do DAERP depois de ameaça de greve

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A prefeitura recuou e tornou pública a suspensão do edital que convocava, pelo sistema de pregão, (nº 70/2014) empresas interessadas em participar do certame com registros de preços para a manutenção de redes públicas de água e esgotos da cidade. O Superintendente da autarquia voltou atrás depois de ser pressionado pela Diretoria Atuante, do SSM, sobre essa tentativa de terceirizar diversos serviços do Daerp – Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto. Uma greve, decidida em assembleia, chegou a ser marcada para o dia 10 de novembro, mesmo dia em que aconteceria a sessão pública do pregão, caso o governo seguisse com a tentativa de terceirização.

 

A Diretoria Atuante esteve no Daerp para informar os trabalhadores sobre a decisão. ” O Sindicato entende que o processo, além de nocivo para o serviço público, era fraudulento, já que há um concurso em aberto. Se eles não recuassem, estávamos com toda documentação necessária para ingressar com diversas medidas judiciais contra esse pregão. Porém, felizmente, conseguimos resolver a situação através do diálogo, e isso foi mais uma vitória para os trabalhadores. Existem exemplos claros na nossa região de que a terceirização é extremamente nociva para os servidores e para a população.”, relata Donizeti Barbosa, Diretor de Comunicação do Sindicato.

 

“Se existe dinheiro para contratar uma empresa terceirizada, existe dinheiro para contratar servidores concursados. A terceirização é a pior coisa que pode acontecer no serviço público. O concurso já foi realizado, existem pessoas que pagaram, passaram, e estão esperando para serem chamadas. Não vejo a menor possibilidade de aceitar que a terceirização tome conta do Daerp. Estamos atentos para esse tipo de manobra da prefeitura que só tem a prejudicar o servidor”, diz Wagner Rodrigues, Presidente do Sindicato.

 

Não foi a primeira tentativa

Em 2005, o Sindicato barrou através da Justiça uma tentativa idêntica do governo Gasparini. Na época, eles afirmavam que a terceirização seria temporária, quando na verdade todos sabemos que, no Brasil, o que é temporário se torna permanente muito facilmente. A tentativa de terceirização era o início de uma ação orquestrada para privatizar a autarquia. A Diretoria Atuante, do Sindicato, se mobilizou e todas as medidas judiciais cabíveis foram tomadas para impedir que os serviços fossem terceirizados.

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