Pesquisa do Sindicato aponta riscos para o retorno presencial das aulas neste momento da pandemia

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É importante que os servidores da Educação continuem participando da pesquisa para a obtenção da maior quantidade de dados possível

Até o momento os dados coletados através da pesquisa realizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis com os profissionais da Educação de Ribeirão apontam para o risco eminente do retorno às aulas presenciais neste momento crucial da segunda onda da pandemia da Covid-19.

As informações colhidas até o início da tarde desta quarta-feira mostram que 30,8% das pessoas que responderam à pesquisa possuem comorbidades atestadas clinicamente e que 67,3% dos participantes residem com pessoas idosas ou portadoras de comorbidades.

“Os números estão aí para comprovar que o retorno precoce das aulas presenciais só irá agravar, ainda mais, a triste realidade enfrentada em nossos hospitais com centenas de pessoas internadas, dezenas de pessoas esperando vagas e 1.100 mortes e mais de 47 mil casos confirmados da doença até o dia de ontem (2). Mas, mesmo assim, o Governo quer lotar nossas escolas, com estruturas precárias, de crianças”, diz o vice-presidente do Sindicato, Valdir Avelino.

Estrutura Precária das Escolas

A pesquisa ainda mostra que 98,2% dos profissionais consultados acreditam que as escolas não possuem as condições estruturais necessárias para o retorno das aulas presenciais.

“Este é um assunto que dominamos muito bem e sabemos que a percepção dos profissionais está corretíssima, pois denunciamos, através de Ação Coletiva, *(Processo 0010569-09.2019.5.15.0113)* que tramita junto a 5ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, a falta de estrutura nas escolas municipais. Inclusive, por conta desta ação, 66 escolas do município possuem, hoje, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), sendo que na época da audiência pública, em maio de 2019, apenas 14 escolas contavam com o laudo”, revela o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

Os número levantados pelo Sindicato até o momento ainda mostram que 96,7% dos pesquisados são contra o retorno às aulas presenciais nas condições de agravamento da Pandemia, que 97,6% não acham seguro retorno das aulas presenciais nas fases Laranja e Vermelha do Plano São Paulo, que 97,1% acreditam que o trabalho remoto pode ser uma opção durante a pandemia e que 99,1% acham importante que os professores/trabalhadores da educação sejam vacinados na primeira fase, juntamente com profissionais da saúde e idosos.

“Sertãozinho já descartou a volta às aulas presenciais neste momento. Não conseguimos entender o porquê da intransigência do Governo de Ribeirão em retomar, precocemente, as aulas aqui na cidade”, questiona o vice-presidente Alexandre Pastova.

“Não há nada mais valoroso que a vida. São Paulo,  segundo a FOLHAPRESS, é o estado de que registrou o maior número de mortes por Covid-19 neste ano, com 365 óbitos confirmados, totalizando 53.455 desde o início da pandemia. E Ribeirão segue numa toada preocupante, com 13 mortes confirmadas pelo último boletim. Se não suspenderem a volta às aulas presenciais, eu não tenho dúvida de que mais vidas serão perdidas por conta desta doença”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Caio Cristiano.

Trabalhadores, participem!

A participação dos trabalhadores na pesquisa realizada pelo Sindicato dos Servidores é fundamental. Nas últimas duas semanas a diretoria do Sindicato realizou duas reuniões importantes com o promotor Naul Felca e expôs seu posicionamento contrário a volta às aulas presenciais neste momento de agravamento da pandemia. Os números e dados coletados pela entidade são importantes e abastecerão o Ministério Público Estadual (MPE).

“Por isso é importante a participação do maior número possível de trabalhadores da Educação na pesquisa, para a obtenção do maior número de dados possível”, finaliza Laerte.

Clique no link abaixo e responda a pesquisa!

https://forms.gle/pAPJJeK3b6wgErei8

5 COMENTÁRIOS

  1. Eu tenho comorbidade, controlada com medicamentos e acompanhamento psiquiátrico desde 2019. Me parece que não estão considerando que sou grupo de risco.

  2. Minha mãe tem 84 anos, é acamada e tem alzheimer, somos em 4 irmãos, sendo um, com deficiência e com diabetes. Minhas irmãs revezam comigo p cuidar da nossa mãe. Pois todas trabalhamos. Meu esposo com 57 anos tem pressão alta.

  3. Vou fazer 62 anos agora 02 04 2021 ,só quero entender eu tenho que ir atrás de um médico para dizer que sou do grupo de risco ?,sou idosa ? ,Eu não vou fazer isso ,não vou ficar implorando ,o que a lei me permite .Se tiver que trabalhar porque os governantes acham ,eu vou .

  4. Tbm estou com o mesmo dia problema,mãe idosa, hipertensa e diabética.
    Pra complicar esta semana vai colocar fístula para possível hemodiálise.
    Eu e minha irmã dividimos os cuidados com ela.
    Como ficar tranquila diante da nossa exposição com a população e alunos???

  5. Tenho na minha família 4 irmãos que estão no grupo de risco pela idade 60 e mais de 60 anos,um que apresenta diabetes, pressão alta. Duas das irmãs com 60 sofrem de bronquite asmática e o esposo de uma delas é diabético e hipertenso.

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