Os trabalhadores de Pradópolis deliberaram que o caminho da Justiça, através do Ministério do Trabalho e Emprego, pode ser uma das alternativas para tentar resolver o impasse criado pelo governo durante a campanha salarial de 2016. A decisão foi praticamente unânime durante Assembleia Geral do Sindicato dos Servidores Municipais que aconteceu na noite de terça-feira, 12 de junho, na sede da entidade.
Durante a assembleia, os trabalhadores manifestaram, com indignação, o posicionamento do governo em relação ao reajuste salarial da categoria. Segundo a avaliação da maioria, a administração tem atuado com total indiferença aos anseios dos trabalhadores.
Desde que a proposta do governo de apenas 6% de reajuste salarial, divididos em três pagamentos, foi rejeitada no mês passado pelos servidores, o governo fechou o diálogo e não manifestou mais nenhuma vontade em atender às expectativas da categoria que está em campanha salarial desde maio.
Durante esse período, segundo a Diretoria Atuante, “não faltaram oportunidades para que o governo resolvesse a situação que perdura por meses, foram varias tentativas de negociação, manifestações e até a tentativa de resolução através do Ministério do Trabalho e Empreso, e nesse caso, o governo não enviou nem mesmo um representante. É muito descaso”, diz Reginaldo Marcandali, coordenador da seccional de Pradópolis.
O Presidente em exercício, Laerte Carlos Augusto, que conduziu a assembleia, ressaltou que a decisão dos trabalhadores é soberana e deve ser respeitada. Além disso, ainda segundo ele, “os trabalhadores estão agindo de forma muito sensata e com maturidade para alcançarem a recomposição salarial”.
“Eu acredito que deve acontecer algumas reuniões, mas, se isso não ocorrer e, se a postura do governo continuar a mesma, nós já temos o aval dos servidores para buscar os mecanismos legais e resolver efetivamente essa situação dos servidores de Pradópolis. E faremos isso, se for necessário”, disse Laerte após a assembleia.
O Departamento Jurídico também participou da assembleia e os trabalhadores puderam tirar suas duvidas imediatas com os advogados.
O Presidente em exercício ressaltou ainda que “seria lamentável para o atual governo deixar a situação chegar a esse ponto num momento em que o país tem se esforçado cada vez mais para resolver seus conflitos através de um diálogo saudável e responsável”.