Denúncia no Daerp: Servidores afirmam que serviços são feitos com “gambiarras”

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No Brasil, o termo gambiarra é usado quase que predominantemente como “improvisação”, mas também pode ser utilizado como, precário, tosco, ou mal acabado. Esse é o termo que está sendo utilizado por muitos funcionários do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão quando o assunto é reparo de encanamentos na cidade. Na última quarta-feira (29/02) a Diretoria Atuante do Sindicato esteve na Autarquia para resolver um problema, relacionado ao horário de banco dos funcionários, que estava prejudicando os servidores. Na conversa com os trabalhadores pôde-se constatar que a situação é muito mais delicada do que se imaginava. Diversos servidores do local informaram que em muitos casos os reparos de encanamentos na cidade são feito de forma improvisada, com sacos plásticos, arames e outros materiais não adequados. “Ouvindo os trabalhadores é fácil saber por que a população reclama que o reparo é feito e que logo em seguida o problema volta a acontecer. Faltam materiais básicos, como fitas isolantes e colas, para os nossos servidores realizarem suas funções”, diz o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues. “É um absurdo trabalhar dessa forma. O que o superintendente não percebe é que assim o gasto é dobrado, já que o serviço é realizado mais de uma vez”, fala o diretor da Seccional do Daerp, Jorge Ferreira ‘Radim’. Os trabalhadores também reclamaram da falta de uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). “Não podemos colocar em risco a vida dos nossos trabalhadores com a falta de equipamentos de segurança. Temos que dar condições mínimas de trabalho e segurança para os servidores”, fala o técnico em Segurança e Medicina do Trabalho e diretor do Sindicato, Gaspar Marcelino.

Se vira nos 30!
Além da falta de equipamentos básicos para os trabalhos diários, muitas vezes os servidores são obrigados a trocar peças, fornecidas pelo Daerp, em casas de materiais para a construção. “Acontece que o Daerp fornece uma luva inadequada para a realização da função, e o trabalhador é obrigado, para não ficar sem executar o serviço e não correr nenhum tipo de risco, a ir até uma loja de materiais de construção e propor a troca pelo equipamento correto. “Com as condições precárias que os servidores trabalham, eu diria que eles correm riscos há todos os instantes. A segurança dos nossos trabalhadores é fundamental”, ressalta Gaspar Marcelino. Em outros casos o servidor pede para que se compre uma determinada quantia de um material e a compra não é feita corretamente. Nesse caso o funcionário vai até a loja de materiais de construção e faz a troca de um material que é pouco utilizado pelo equipamento correto para se fazer o serviço”, diz o vice-presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.
Os servidores também informaram que alguns veículos estão sucateados e outros encostados pela autarquia. “Tem um caminhão de jateamento que está parado há muito tempo e nada é feito para consertar o veículo. Eles preferem pagar muito caro pelo serviço terceirizado do que arrumar o nosso que está quebrado. Com o dinheiro que é pago para uma empresa terceirizada poderíamos tem consertado o nosso caminhão”, diz o secretário geral do Sindicato, Valdir Avelino.

Tribo de Caciques

Normalmente uma tribo indígena possui o seu cacique (líder da tribo) e diversos índios para executar as tarefas do dia a dia. No Daerp acontece um novo fenômeno sociocultural, digno de estudos sociológicos. O fato é que na autarquia, existem muitos caciques para mandar e poucos servidores para obedecer. A cada dia, mais e mais locais são ocupados por cargos em comissão e menos trabalhadores são contratados para a execução dos serviços pesados. Tem indicação de ex-vereador que “trabalha” na autarquia com veiculo de empreiteira terceirizada. “É indicação política, não tem competência e ainda maltrata funcionários. Esse tipo de fato não pode continuar acontecendo no Daerp, essa pessoa só prejudica os funcionários e o Daerp”, fala Wagner Rodrigues.

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