Apesar de cobrar da população, governo não garante distanciamento social entre servidores

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O Sindicato dos Servidores Municipais esteve, na última terça-feira (16), no novo prédio que agora abriga as secretarias da Administração, Planejamento, Meio Ambiente, Turismo e alguns departamentos da Fazenda em Ribeirão Preto, localizado na avenida Francisco Junqueira. A visita era de rotina, mas acabou revelando a situação preocupante que os trabalhadores estão enfrentando no espaço: nenhuma possibilidade de distanciamento social, mesas coladas umas às outras, espaços comunitários apertados e até mesmo o número de banheiros, que é pequeno se comparado a quantidade de pessoas circulando por lá.

Apesar dos seis mil metros quadrados do local, os servidores estão, em sua maioria, concentrados numa mesma sala, dividindo poucos banheiros e um refeitório pequeno. “Desde outubro o governo já havia decidido mudar as secretárias para lá, porém, aparentemente não adequou o espaço para receber os trabalhadores, e muito menos para garantir que eles estejam seguros nesse momento de pandemia”, explicou Wellington Bellinazzi, coordenador da Seccional da Administração do Sindicato.

O novo prédio é na verdade um antigo prédio da Receita Federal e embora esteja em melhores condições estruturais que o antigo no Morro de São Bento – alvo de um incêndio há 15 dias – a falta de divisórias e espaços entre um servidor e outro é preocupante. “Encontramos pelo menos 300 trabalhadores todos sentados próximos e tendo poucas condições de garantir o distanciamento social, ali nossa preocupação é com a facilidade de contato e, consequentemente, de contágio. É certo, se um servidor estiver contaminado, todos estarão”, destaca Alexandre Pastova, vice-presidente do Sindicato.

O Sindicato irá oficiar a administração municipal solicitando que o novo espaço seja devidamente organizado para que haja a garantia do distanciamento social e todas medidas de proteção ante a pandemia, garantido que os servidores estejam em segurança.

“Compreendemos que a mudança de prédio ocorreu às pressas após o incêndio, mas ressaltamos que, se houve tempo hábil para realizar cerimônia de inauguração também havia para adequar o espaço de trabalho. O governo bem sabe o quão preocupante e letal é o vírus e colocar em risco mais vidas por pura displicência é irresponsável e só aumenta o problema de saúde pública que a cidade ainda não conseguiu controlar”, finalizou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

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