"A sociedade machista vê a mulher como propriedade privada", diz Ivânia Pereira

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“A Casa da Mulher Brasileira foi uma grande ideia para uma melhor coordenação do combate à violência contra a mulher”, diz Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB. Ela se mostrou feliz com a inauguração da primeira casa na terça-feira, dia 3 de fevereiro, em Campo Grande (MS). “É importante para a vítima de violência ter um local com todos os atendimentos necessários para encaminhar sua denúncia e atender suas necessidades. Assim, ela não terá mais que ficar indo de um local para outro para resolver seu problema”, garante Ivânia.

O projeto faz parte do Programa Mulher, Viver Sem Violência e prevê a construção de casas para as mulheres em todas as 27 capitais brasileiras. As casas concentrarão todos os serviços para atender e proteger a mulher em situação de violência. “Com a concentração dos serviços num único lugar resolve de uma vez só vários problemas que as mulheres enfrentam para denunciar as agressões sofridas”, acredita a sindicalista.

A Casa da Mulher Brasileira terá: Delegacia da Mulher, Instituto Médico Legal, defensoria pública, Ministério Público, além de atendimento médico, psicológico e se necessário podem ser encaminhadas com filhos para casas abrigo, entre outros atendimentos.

Ivânia mencionou a agressão sofrida pela estudante Nathália de Souza Santos, de 17 anos, no interior de São Paulo, num trote de faculdade. Para ela, isso ocorre porque “a sociedade machista olha para a mulher como propriedade privada. Muitas vezes as próprias mulheres têm internalizadas em si essa cultura de opressão”.

A cetebista defende mudanças na educação para a promoção de uma educação não sexista. “Se uma menina engravidar de um colega de classe, quem abandona os estudos é sempre a menina que passa a ser mal vista pelos próprios colegas, pelos professores e até por pais de outros alunos”, denuncia. Segundo Ivânia, “a escola tem um papel fundamental para a luta das mulheres por igualdade de direitos e a mudança dessa mentalidade de ódio e violência”.

 Por Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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