Direção do Sindicato e Comissão, após profunda avaliação, definem ato único nesta terça (23) na Câmara Municipal. Leia e entenda o porquê desta decisão
A greve dos servidores municipais de Ribeirão Preto, iniciada no último dia 10, prossegue e o Governo não demonstra disposição para o entendimento, nem para o diálogo. O última revisão que o servidor teve em seu salário foi em março de 2018. Sem a reposição das perdas em 2019, apenas em março de 2020 ressurgirá a possibilidade de discussão salarial. Ou seja: diante do aumento do IPTU, dos combustíveis, da eletricidade e do custo de vida, os servidores municipais ficarão, na prática, dois anos inteiros sem nenhuma revisão salarial. E nada garante que em 2020 este mesmo Nogueira mostrará disposição para negociar.
Se Nogueira não se dispõe a cumprir a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município e promover a reposição salarial dos servidores, a vontade política em debater condições e estrutura de trabalho no serviço público também é zero. Assim como fez em 2017 e 2018, Nogueira aposta no impasse e endurece o discurso para intimidar os servidores em greve.
Mas este ano há um elemento novo que o Governo Nogueira não esperava: o LEGISLATIVO! a pauta travada, chama a atenção da sociedade para o grave problema dos servidores e o descaso do Governo com o serviço público. O Governo achava que só teria a ganhar com o impasse e uma batalha prolongada contra os servidores. Hoje, os estrategistas de Nogueira, percebem o erro cometido: a fragilização do Governo no Legislativo abre cada vez mais condições para a abertura de um processo de impeachment.
Para contornar esse grave imprevisto, o governo Nogueira e seus aliados estão agindo em todos os terrenos para evitar que seus interesses entrem em colapso com o trancamento da pauta na Câmara Municipal. Para sufocar a greve dos servidores e evitar o debate sobre atos administrativos eivados de vícios e irregularidades, Nogueira e seus aliados estão determinados a usar todos os recursos e meios necessários visando acabar com a obstrução que enfrenta no Legislativo.
Um resultado positivo para os trabalhadores vai depender de uma presença muito grande de servidores amanhã, na Câmara Municipal. Com base neste entendimento, após intensa avaliação, a direção do Sindicato e a Comissão de Greve, decidiram concentrar todas as forças na sessão da Câmara de amanhã, terça. A atividade na Emefem “Professor Alfeu Luiz Gasparini” foi suspensa e remarcada para quarta-feira. Precisamos de força e disposição máxima amanhã na Câmara Municipal.
TODOS NA CÂMARA
Amanhã é dia para todos os servidores (em greve ou não) participarem na sessão da Câmara e garantirem a legítima obstrução legislativa. É preciso que a força de toda a categoria se concentre nas batalhas da Câmara. Sem servidores por lá, sem pressão, sem participação ampla, o Governo vai se apoiar em setores da mídia e em forças atrasadas para impor uma derrota a todo o funcionalismo.
Estar na Câmara defendendo a obstrução diante da ilegalidade é um dever de todo servidor e servidora, independentemente de adesão ou não à Greve. Se Nogueira, com zero de reajuste e zero de melhorias nas condições de trabalho, conseguir que o Legislativo volte a funcionar alheio as ilegalidades cometidas, não apenas o salário, mas todas as conquistas e anseios do funcionalismo estarão ameaçados.
Todos na Câmara! Ou tragam propostas ou tranquem a pauta! A obstrução é um direito legítimo e democrático contra a intransigência e a ilegalidade. Nogueira, seus aliados e setores da mídia querem que a Câmara Municipal desconheça a ilegalidade e tratem os servidores com a mesma indiferença que eles tratam.
LIVRO PONTO A PARTIR DAS 16:30hs NA CÂMARA
Diretoria do Sindicato dos SSMRPGP e Comissão de Negociação (Greve)