Momento incerto para a classe trabalhadora motivou discussão na sede do Sindicato; para representante da CTB ‘a luta não pode parar’
O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis foi sede na tarde desta segunda-feira, dia 29, da plenária regional realizada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-SP) que debateu os males que as reformas trabalhista e da previdência trarão para o povo brasileiro. Estiveram presentes no encontro o presidente da CTB-SP, Onofre Gonçalves, o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto, e diversos diretores das duas entidades e de outros sindicatos da região.
“Ribeirão Preto é âncora, tem um dos sindicatos mais importantes da CTB, por conta disso propus a diretoria essa plenária para discutir um pouco sobre a atual conjuntura, o momento que o país vive e o posicionamento da CTB em relação à isso”, explicou Onofre Gonçalves.
“O Sindicato dos Servidores sempre atuou ativamente nas lutas em prol da classe trabalhadora. Num momento tão importante como esse que estamos vivendo no Brasil, jamais poderemos nos furtar dos debates que visam a manutenção de direitos adquiridos. Colocamos a sede do Sindicato à disposição para esse debate e sempre que solicitados nos colocaremos à frente da discussões importantes para a classe trabalhadora”, argumentou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.
Durante a reunião as discussões se focaram, principalmente, na reforma da previdência propostas pelo atual governo. “Para a CTB isso é um ataque à constituição brasileira, tudo o que está contido ali é resultado de anos de lutas e organização da classe trabalhadora”, observou. “Essa atitude do governo é praticamente rasgar a CLT para atender aos interesses da classe patronal, ele está desestruturando totalmente a lei trabalhista, um absurdo. Mas a luta não vai parar”, esclareceu.
Em sua fala, Onofre ainda destacou a importância de se conversar com os servidores para que eles estejam à par de cada passo do governo, principalmente nesse momento tão delicado para a classe trabalhadora. “É fundamental promover conversas, nossas entidades sindicais precisam fazer esse debate com a base. Muita gente sofreu para que conquistássemos os direitos que hoje são assegurados por lei, direitos que nem mesmo a ditadura nos tirou. Então é importante que todos estejam cientes do que está em jogo e de qual é a luta”.
Outro ponto debatido durante a conversa foi a retomada do crescimento do movimento sindical em todo o país. Tanto a diretoria, quanto o representante da CTB concordam sobre o reposicionamento da classe, que tem se movimentado cada vez mais em nome dos direitos coletivos. “Esse governo tentando tirar o que é nosso por direito acendeu um farol de alerta para a classe, fez com que o povo começasse a se organizar para dizer não a retirada do que nos é garantido por lei”.
Onofre encerrou sua fala ponderando sobre o futuro incerto que o trabalhador vive e o impacto das decisões futuras do atual governo na vida dos Sindicatos. “Se a reforma for aprovada, vai exigir do movimento sindical uma outra postura, precisaremos reposicionar o movimento perante às leis trabalhistas. Mas isso de nenhuma forma vai mudar o nosso foco, que é e sempre será a defesa da classe trabalhadora”, finalizou.