Os servidores municipais da Secretaria de Assistência Social (SEMAS) que trabalham no CREAS Pop, nos Campos Elíseos, cruzaram os braços na manhã de hoje e suspenderam os atendimentos por falta de segurança no local de trabalho. O a gota d’água foi a ameaça feita as duas funcionárias na tarde de segunda-feira, dia 3 de fevereiro.
“O homem queria pernoitar aqui (no CREAS POP) e informamos a ele que o atendimento era feito apenas durante o dia. Foi o suficiente para ele ameaçar de morte as trabalhadoras e tentar agredi-las. Chegou ao ponto do homem seguir uma delas na saída. E funcionária registrou o boletim de ocorrência e, na delegacia, descobriu que o homem já tinha diversas passagens, até mesmo por homicídio”, disse uma servidora que pediu para não ser identificada.
O CREAS POP é um serviço que objetiva o atendimento de jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam as ruas como espaço de moradia e sobrevivência. De acordo com as servidoras as ameaças são constantes e falta segurança no local.
“É um prédio improvisado e inadequado como outros tantos na prefeitura. A presença de um guarda municipal é imprescindível, pois o atendimento em muitos casos é dado a pessoas que fazem uso de drogas lícitas e ilícitas. São homens, mulheres, jovens e idosos que vivem em situação de risco e que podem explodir em um surto de raiva a qualquer momento. A ameaça do início desta semana foi muito séria, pois era um homem com problemas graves com a Justiça e que poderia ter feito algo pior com as servidoras”, afirma a secretária geral do Sindicato, Jacira Campelo.
“Recentemente nós estivemos no CREAS POP e denunciamos a falta de segurança dos nossos servidores. Um uma reunião com o superintendente da GCM, André Luis Tavares, cobramos a presença de um guarda no local, mas, na ocasião, ficou acertado que a Guarda intensificaria o patrulhamento, e foi feito, no entanto, está provado que há a necessidade de GCMs o dia todo no CREAS POP”, ressalta a coordenadora da Seccional da SEMAS do Sindicato, Alzira Aparecida.
Solução
Para resolver o problema o superintendente da GCM foi chamado para uma reunião. Com a cobrança feita pelo Sindicato e pelas servidoras ficou definido que dois guardas ficarão de plantão no CREAS POP até que uma escala fixa seja feita para atender a necessidade. Com a decisão as servidoras restabeleceram o atendimento.
“Com os GCMs no local as servidoras puderam voltar ao trabalho com a segurança garantida. Queremos crer que a GCM vá criar uma escala fixa para atender ao CREAS POP, e fatos graves de ameaças e agressões não voltem a acontecer”, finaliza o vice-presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.