Faltando menos de um ano de terminar o seu mandato, a administração pública não conseguiu entender os sinais claros de insatisfação dos trabalhadores. Foi um governo sem diálogo e que não levou em conta os anseios dos servidores.
O desastre não é pequeno e exclusivo de uma única secretaria. Acontece em todas as pastas e mexe com a vida daqueles que executam o serviço público com dedicação à nossa cidade.
Nossos servidores colecionam muitas frustrações. Foram muitos sonhos, muitas promessas elencadas em campanha eleitoral, que mais uma vez se perderam no caminho ou nas gavetas dos secretários.
O mais clássico é o Plano de Carreira. A promessa foi feita, mas, mais uma vez foi esquecida. O servidor tem até brincado com a situação e diz que na próxima eleição vai votar naquele que afirmar que não vai fazer o Plano, pois quem sabe assim poderá ver o sonho ser realizado. É uma brincadeira, mas o descontentamento é muito sério.
Não é só isso. Não há como notar a desconstrução política nas secretarias operacionais. Falo isso por conta da terceirização, ou melhor, a quarteirização. E ai entra a Coderp, que se julga acima do bem do mal com atos que poderão ser irreparáveis ou precisarão de muito tempo para que o serviço público retome o seu caminho com vigor e presteza, com a qualidade necessária à população. As contratações por meio de atos administrativos se tornam nocivos aos trabalhadores e à cidade.
Secretarias como Educação e Saúde consideradas modelos em outras épocas colecionam as maiores reclamações sobre a falta de valorização do trabalhador. O servidor não é tratado com o devido respeito também em outras secretarias. Em todos os casos não podemos notar nenhum avanço.
Não tivemos até agora, para ser exato, nenhuma atitude a qual pudéssemos considerar como avanço, para acalmar os ânimos dos trabalhadores. A única certeza é que no primeiro dia do mês de março, o servidor vai soltar sua voz. Quando essa data chegar o governo precisa resolver o que não fez em três anos, pois ninguém sabe o que pode ocorrer quando um vulcão explode. O servidor já demonstra seu sinal e o governo tem que honrar o prometido.
Laerte Carlos Augusto
Vice Presidente do SSM