Dezenas de Guardas Civis Municipais que estavam de folga se reuniram em frente ao Palácio Rio Branco, sede da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, durante as primeiras horas da manhã de hoje, segunda-feira 24 de junho. A categoria pretendia dialogar com a prefeita, mas, ela não apareceu para receber aproximadamente 50 guardas que estiveram na porta da Prefeitura. Quem ouviu os trabalhadores foi o Secretário de Governo, Osvaldo Ceoldo. O assunto levado pelos guardas até o Palácio foi sobre a ascensão na carreira de 8 servidores como explica o coordenador da GCM Valdir Avelino. “Nós acordamos dentro da nossa data-base e a Prefeita não cumpriu. Hoje, 8 guardas não tiveram ascensão na carreira e, a lei 1.350, prevê essa inserção depois do estado probatório que é de 3 meses, mas até agora esses GCM’s estão parados no tempo. Realmente o governo não se preocupou com essa questão. O superintendente da guarda teve 3 anos para criar essas vagas e, não o fez, hoje, quem está pagando o preço são esses guardas. Agora, cabe ao governo reparar estes servidores que estão tendo prejuízo na carreira” falou o coordenador.
O Secretário de Governo, Osvaldo Ceoldo, sugeriu agendar uma reunião num outro dia, alegando que a Prefeita não iria para a prefeitura devido a compromissos fora. A categoria decidiu, junto com o presidente Wagner Rodrigues, estarem na prefeitura amanhã, terça-feira 25, ás 15:00 para uma nova tentativa em falar diretamente com a prefeita. Se a categoria não for ouvida por ela, ou, se a resposta for negativa quanto aos direitos desses trabalhadores, os guardas farão uma assembleia geral. Ficou acordado que os servidores irão até a Sede do Sindicato logo depois de saírem da prefeitura para iniciarem a discussão às 17:00. Nessa reunião, será definido os próximos passos para que o governo coloque em prática o que foi estabelecido. A possibilidade de uma paralisação não está descartada pelos guardas, como diz o coordenador Valdir Avelino. “Os guardas estão unidos e não abrem mão dos direitos que eles conquistaram no passado acreditando que a prefeitura iria honrar com o acordado. Amanhã será nossa última tentativa de dialogar com a prefeita, se não formos atendidos, discutiremos o que será melhor para a categoria. A paralisação, pode ser um dos caminhos” enfatizou Avelino.
Quando o GCM assume o serviço público a lei prevê o período de 3 meses para o processo de aprendizagem e, nesse caso, é dado ao servidor um determinado nível, depois desse tempo ele deve ir para o próximo nível, mas, isso não ocorreu com parte da categoria. A regularização desses casos foi acordado em data-base e o documento encaminhado à prefeitura, que, por sua vez, deve encaminhar um projeto de lei para a Câmara Municipal criando essas vagas. Segundo o Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues, houve, mais uma vez, falta de gestão pública. “É importante que essa história se resolva o mais rápido possível. Desde que foi criado o plano de cargos e carreiras para a categoria não existe mais o nível 112, esse é o nível antigo, agora é o 12.01; por isso, nós cobramos do governo a criação da lei e das vagas, só assim, o problema é resolvido” comentou o Presidente.
Entre os membros do Sindicato dos Servidores Municipais que acompanharam a categoria na luta por esses direitos, estava também o Vice-Presidente Laerte Carlos Augusto “Se os trabalhadores optarem por uma paralisação para que a prefeitura cumpra os direitos desses servidores, nós, do Sindicato, estaremos como sempre estivemos ao lado desses profissionais” completou o Vice-Presidente.