Pacote de maldades II é cara de um governo retrógrado

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O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto tem plena convicção de que o pacote de maldades II (cortes) que a prefeitura anunciou vai prejudicar apenas os servidores municipais e a população ribeirão-pretana. A entidade que representa os servidores afirma que onde os cortes realmente têm que ser feitos, como a demissão dos cargos comissionados sem vínculo (os sanguessugas), dificilmente o governo terá a coragem de agir, da mesma forma que não agiu no passado. Além do mais, a Diretoria Atuante do Sindicato entende que em momentos de crise, o ideal é investir para combater as dificuldades e não cortar insumos, como anunciou a prefeitura.

“Se a situação não é boa e o governo corta mais serviços, o que está difícil vai se tornar impossível. Gostaria que o governo me explicasse essa fórmula mágica que ele pretende aplicar em Ribeirão. A prefeita disse em seu discurso, repetitivo, diga-se de passagem, que vai investir menos na Educação e na Saúde, sem que os serviços prestados e a população sejam prejudicados. De que forma isso será feito? É impossível manter todos os serviços que são oferecidos ao povo ribeirão-pretano hoje em dia e ainda assim diminuir gastos. É lógica pura. Corta investimento, diminui atendimento. A dúvida é saber como o governo fará tais cortes. Será que a prefeitura vai escolher quais crianças merecem frequentar uma sala de aula ou vai entulhar crianças de duas salas em apenas uma? A prefeitura vai escolher quem merece receber atendimento na saúde ou quem merece ficar agonizando em uma fila de espera por vaga em hospitais? São perguntas que o próprio governo deveria ter respondido na coletiva de imprensa”, questiona o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.

Déjà vu

 O termo Déjà vu é Francês, é uma sensação que surge ocasionalmente, ocorre quando fazemos, dissemos ou vemos algo que dá a sensação de já ter feito ou visto antes, e exemplifica muito bem a situação que vivemos em Ribeirão Preto. Neste caso não é apenas a sensação de ter vivido algo parecido, é exatamente o que aconteceu num passado bem recente. Pra ser preciso, há quase dois anos.

“O governo repete o mesmo ato de setembro de 2013, quando anunciou o primeiro pacote de maldades. Falou em contenção de gastos, em demissões dos comissionados sem vínculo e em colocar a casa em ordem. Primeiro; se a casa não está em ordem, foi o próprio governo que a desarrumou. Segundo ponto; o governo, assim como fez no passado, vai cortar gastos, mas os únicos prejudicados serão os servidores, que não terão condições de trabalho e a população que terá de enfrentar o fechamento de postos de serviços. Terceiro ponto; assim como fez no passado, o governo não vai demitir os comissionados sem vínculo. O governo fala na exoneração de 27 pessoas, mas nunca apresentou esta lista a ninguém. Agora, a falácia é de que serão demitidos 50 “sanguessugas”. Fato que o Sindicato acredita ser insuficiente, se é que sairá do campo do discurso. Eu não acredito nestas demissões”, fala Rodrigues.

“Com-Fusões”

As fusões (ou confusões) propostas pelo governo não passam de ilustrações. Nada vai mudar no cenário financeiro de Ribeirão. A prova disso é que a Coordenadoria de Limpeza Urbana já está sob a responsabilidade da secretária da Infraestrutura, ou seja, a fusão já foi feita há muito tempo e nada mudou, aliás, mudou pra pior, pois hoje os trabalhadores da Infra e da Coordenadoria enfrentam até a falta de papel higiênico em banheiros.

“Na fusão Esporte e Turismo a situação não é nada diferente. A pretensão é agrupar duas Secretarias com verbas que não suprem as necessidades dos servidores e dos munícipes. O Esporte já estava sob a tutela da Casa Civil. O governo só vai tirar da Casa Civil e passar para o Turismo, que assim como o Esporte não conta com investimentos há muito tempo. Fundet e Ribeirão Jovem seguem os mesmos passos”, afirma Rodrigues.

Coisas de saudosista

As políticas que o governo tenta aplicar em Ribeirão Preto fazem parte do passado. Esse é um governo muito saudosista. “O problema é que esse governo tem saudade de um tempo que todos preferem esquecer. As medidas anunciadas pela prefeita são a cara desse governo, estão ultrapassadas, assim como quem as propuseram. É uma administração que se baseia apenas na vontade de secretários (Osvaldo Ceoldo e Isabel de Farias) que já aplicaram a política de extinção dos serviços públicos de qualidade. Esse governo precisa pensar pra frente, seguir a evolução dos tempos. Ao invés de pensar em corte, a prefeitura deveria pensar e regularizar a Lei dos Puxadinhos, que daria oportunidade das pessoas regularizarem seus imóveis e pensarem na venda ou compra dos mesmos, gerando receita para o município. Esse é um dos bons exemplos que podem mudar o cenário de Ribeirão. Talvez seja demais da minha parte querer que um governo retrógrado como este, tenha uma atitude visionária com o olhar num futuro promissor”, finaliza Rodrigues.

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