O governo municipal dá nova pedalada fiscal em Ribeirão Preto ao atrasar em quatro meses o repasse da contribuição patronal para o Serviço de Assistência e Seguro Social dos Municipiários (Sassom), a dívida já supera a quantia de R$ 3 milhões. Diante de mais uma pedalada fiscal do governo municipal, o Departamento Jurídico do Sindicato dos Servidores estuda meios jurídicos para cobrar da prefeitura a regularização da situação. Devido a falta de repasse, o Sassom fecha mais um mês no vermelho.
“O Sassom mais uma vez fechou o mês no vermelho porque o governo não fez o repasse da parte patronal. É o quarto mês seguido que a prefeitura deixa de cumprir com a suas obrigações. Se a administração municipal continuar agindo desta forma, atrasando os repasses, em breve o Sassom deixará de cumprir seus compromissos com seus fornecedores, que são os hospitais do município que atendem os trabalhadores e, consequentemente, os servidores deixaram de ser atendidos quando necessitarem de atendimento médico. O Sassom ainda tem dinheiro em caixa, porém, se a prefeitura continuar sem fazer o repasse, não tenho dúvida de que em breve o Sassom enfrentará sérios problemas. É muito séria esta situação”, ressalta o diretor do Sindicato e conselheiro do Sassom, Gaspar Marcelino.
“Já conversamos com o nosso Departamento jurídico e meios jurídicos estão sendo estudados para que o Sindicato cobre na Justiça esses repasses atrasados. É a saúde do trabalhador que está sendo colocada em risco. Como pode o governo descontar a parte dos trabalhadores e não cumprir com os seus deveres? Essa situação tem de ser regularizada imediatamente”, diz o diretor do Sindicato, Valdir Avelino.
Mais uma Pedalada Fiscal
Não é a primeira vez que o governo municipal dá uma “pedalada fiscal” em Ribeirão Preto. Como o próprio Sindicato havia denunciado meses atrás, a primeira pedalada fiscal do governo aconteceu quando a Administração Municipal deixou de repassar a contribuição patronal ao Instituto de Previdência dos Municipiários referente aos meses de março, abril, maio e junho, somando R$ 8,2 milhões.
“As pedaladas fiscais do governo estão se tornando rotina em Ribeirão. Isso não pode acontecer. O governo não faz o repasse do IPM, o governo não paga as empresas que fornecem o vale-transporte intermunicipal, o governo atrasa fornecedores, a prefeitura não paga o 13º do trabalhador e agora a prefeitura deixa de fazer o repasse para o Sassom. O que mais que mais pode acontecer? O problema é que o governo deixa de cumprir um monte de compromissos e nada mais está sendo feito na cidade. Obras não estão sendo realizadas, a Saúde enfrenta problemas seriíssimos e a Educação sofre com a falta de profissionais. O que estão fazendo do orçamento bilionário de Ribeirão? Essa é uma pergunta que o governo deveria responder para a população”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.