Somente depois de 24 horas do início da paralisação no CREAS-POP e a iniciativa do Sindicato de ingressar com um pedido de interdição junto ao Ministério Público, é que a secretária da Assistência Social, Maria Sodré, apareceu para conversar com a entidade que representa a categoria e os trabalhadores. A reunião ainda contou com a participação do secretário da Casa Civil, Luchesi Júnior e do superintendente da GCM, André Luiz Tavares. Depois de muita conversa e presenciando a realidade precária em que se encontram os servidores do CREAS-POP, a secretária da SEMAS se comprometeu a realizar alguns reparos imediatos no prédio, e afirmou que no prazo de 60 dias o CREAS-POP irá para um outro prédio.
Além das melhorias no local, o superintendente da GCM garantiu que um guarda municipal vai permanecer no prédio, com escala fixa, até que a transferência aconteça.
“Da forma que estava era impossível continuar naquele local. Vamos acompanhar de perto as melhorias que serão feitas no prédio e as condições de trabalho que serão oferecidas. Além disso, não vamos aceitar que os servidores fiquem expostos à falta de segurança. O Sindicato defende e sempre defenderá os trabalhadores”, diz a coordenadora da Seccional da SEMAS, Alzira Aparecida.
Depois do acordado, a paralisação foi suspensa e o atendimento voltou à normalidade.
Ministério Público
Mesmo com as promessas do governo de realizar pequenas reformas no prédio do CREAS-POP e mudar o serviço de local, o Sindicato dos Servidores Municipais ingressará com um pedido junto ao Ministério Público para que se faça a vistoria no prédio, de responsabilidade de Secretaria da Assistência Social, onde funciona o atendimento de jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam as ruas como espaço de atendimento diário e sobrevivência, a fim de que, constatadas as irregularidades existentes, seja feita a sua interdição. Além disso, a entidade que representa os trabalhadores pedirá que o Ministério Público analise a falta de políticas públicas eficientes na Secretaria de Assistência Social. O prédio, localizado na Rua Pernambuco, nos Campos Elíseos, é uma antiga casa que foi improvisada para o atendimento.
“São atendidas diariamente no CREAS-POP cerca de 60 pessoas que vivem em situação de risco nas ruas de Ribeirão Preto. Não existe uma política pública voltada para ressocialização das pessoas que passam pelo CREAS-POP e pelo Cetrem. A política adotada em Ribeirão é a de amontoar as pessoas dentro de um prédio sujo, com instalações precárias e sem condições de trabalho para os servidores, apenas para tirá-las das ruas e tentar escondê-las da sociedade. Isso não é assistência social!”, afirma o vice-presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.