No dia 28 de Abril, o Brasil e outros países celebram a “Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”. Nesta data o Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalho (FNCSST) denunciarão a morte de 16 trabalhadores no acidente ocorrido dia 5 de novembro de 2015 após rompimento da Barragem de rejeitos minerais de fundão, na unidade industrial de Germano, em Mariana, Minas Gerais.
Em seminário seguido de ato público na cidade de Mariana com o tema: “Crime da Samarco, Vale e BHP Billiton – Acidente de Trabalho Ampliado Somos Todos Atingidos!”, os sindicalistas debaterão os desafios e perspectivas em painéis sobre – Desenvolvimento no Brasil e Saúde Pública; Marco Regulatório da Mineração; Samarco: Um Acidente Anunciado; Acidentes de Trabalho: Somos Todos Atingidos e aprovação de um manifesto em Memória as Vítimas de Acidentes do Trabalho da Samarco.
Luiz Antônio Festino, Diretor Nacional de Assuntos Trabalhistas da Nova Central e membro do FNCSST disse que o acidente em questão, gerou o vazamento de mais de 60 milhões de metros cúbicos de lama tóxica no ambiente e provocou a destruição do território da comunidade de Bento Rodrigues, onde moravam 600 pessoas, contaminou completamente e devastou a bacia do Rio Doce.
“Informações veiculadas na imprensa constataram que a lama percorreu um trajeto de 700 km até atingir o Oceano Atlântico. O rastro de destruição atingiu a vida marinha e comprometeu o trabalho, a saúde e a vida da população que vive da pesca, do turismo e do comércio nesta região. Sem medo de errar, podemos afirmar que este foi o maior desastre ambiental da história do Brasil, pelo estrago e pelo custo financeiro para reparar a natureza. Estima-se que serão necessários mais de 5 bilhões de dólares.”, relatou Festino.
Para ele, a dimensão do acidente e seus efeitos poderão ser sentidos por muitos anos e afetarão diretamente a vida de milhares de trabalhadores (as) e seus familiares com a eliminação de postos de trabalho e que sem “sombras” de dúvidas expos as “ilegalidades” cometidas pelas empresas mineradoras. “Laudos afirmam que houve negligência da Samarco/Vale/BHP Billiton sob vários aspectos”, complementou.
Fonte: Portal Nova Central