O Sindicato dos Servidores Municipais informa que uma nova greve será deflagrada a partir da zero hora desta quarta-feira, dia 6 de maio, caso o governo de Ribeirão Preto não envie o projeto que trata do acordo firmado durante a data-base deste ano à Câmara Municipal nesta terça-feira, dia 5. O acordo entre o Sindicato, os trabalhadores e a prefeitura foi firmado no dia 1º de abril, encerrando uma greve de nove dias, a maior registrada na cidade, porém, o governo ainda não conseguiu a aprovação do projeto que trata das conquistas dos servidores.
Erros no Projeto
A prefeitura encaminhou, na sessão da última quinta-feira (dia 30/4), para a Câmara Municipal o projeto que tratava das conquistas do trabalhadores na data-base de 2015. No entanto, o documento encaminhado à Casa de Leis continha erros e, por este motivo, sequer foi apreciado pelo plenário da Câmara.
“Os vereadores fizeram o que tinha que ser feito. O governo, mais uma vez, mostrou sua incompetência administrativa ao encaminhar um projeto com erros que poderiam prejudicar os trabalhadores ao invés de ajudá-los. Também não dá para acreditar numa administração que em seis anos já trocou cinco vezes de secretário de governo. Isso significa pouco mais de um ano com cada secretário no cargo, o que torna inviabiliza a tomada de decisões governamentais. A insatisfação dos trabalhadores é muito grande e se o “projeto correto” não for enviado à Câmara Municipal até a sessão desta terça-feira, dia 5 de maio, uma nova greve será deflagrada em Ribeirão, já na quarta-feira. Os trabalhadores não irão pagar pela incoerência e incompetência do Governo”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.
A entidade que representa os trabalhadores entende que a greve se faz necessária frente ao não cumprimento do acordo firmado na data-base dos servidores.
“A data-base dos trabalhadores ainda está em aberto. Ela só será encerrada quando o projeto que trata dos itens acordados for integralmente aprovado e os servidores tiverem suas conquistas asseguradas. Se uma greve de nove dias não foi suficiente para esse governo entender o descontentamento dos trabalhadores. Por isso, estamos preparados para dar continuidade ao movimentos grevista. Só não mais aceitaremos erros por pura incompetência administrativa. Volto a frisar, se o projeto não for enviado corretamente à Câmara Municipal no dia 5, a greve está marcada para acontecer no dia 6, sem previsão para encerramento”, completa Wagner.
9 dias de greve
A data-base de 2015 entrou para a história do funcionalismo de Ribeirão Preto como a maior greve geral já realizada no município. Foram nove dias de paralisação em todos os setores da prefeitura. Com adesão maciça da categoria, o movimento dos trabalhadores parou a cidade durante sua realização. No segundo dia da greve, uma grande passeata foi realizada no centro de cidade e contou com a participação de mais de 2.500 servidores. Até a população se manifestou favoravelmente aos trabalhadores. Nos dias de greve foram, ainda, registradas grandes manifestações dos servidores na Câmara Municipal e em frente ao Palácio Rio Branco. A greve foi encerrada na noite de 1º de abril, depois de horas de reunião, com a apresentação de uma proposta feita pelo governo e aprovada pelos trabalhadores.