O governo de Pradópolis não apresentou uma nova proposta para os servidores do município e os trabalhadores decidiram, por unanimidade, durante assembleia no final da tarde de segunda-feira (27), pelo início das paralisações setoriais na próxima quinta-feira, dia 30. Diante da falta de proposta condizente com as necessidades da categoria, os servidores votaram pela paralisação dos serviços no Setor de Obras e na EMEF Sérgio Rossetti.
Entenda o motivo da paralisação
A decisão pela paralisação setorial foi tomada pelos servidores na assembleia realizada nesta segunda-feira, dia 27, na sede do Sindicato dos Servidores. No dia 22 (quarta-feira passada) os trabalhadores de Pradópolis rejeitaram a proposta de 6% de reajuste salarial, em três pagamentos, (2% retroativo ao mês de maio, 2% em setembro e os outros 2% somente em dezembro) e R$ 50 de aumento no vale-alimentação feita pelo governo do município por entenderem que a oferta está distante da necessidade da categoria. Na mesma assembleia os servidores aprovaram o estado de greve.
“Foi inevitável a decisão pela paralisação. Os trabalhadores precisam de um reajuste digno, pois as necessidades da categoria aumentaram nos últimos tempos com a alta da inflação. É preciso recompor o poder de compra para que os servidores consigam manter pelo menos o que eles tinham até o ano passado. Hoje a gente vai num mercado e encontra o quilo de feijão a R$ 15 reais. Se não houver a recomposição, os salários serão cada vez mais achatados e ficará ainda difícil para a categoria”, disse o coordenador da Seccional de Pradópolis, Reginaldo Marcandali.
“Ficou decidido que no dia 30 faremos a paralisação dos serviços no Setor de Obras e na Escola Municipal Sérgio Rossetti. No dia 1º de julho já está pré-agendado uma manifestação na porta da prefeitura. Vale ressaltar que o Sindicato e os trabalhadores estão abertos para a negociação. Sabemos que as paralisações e a greve geral que se encaminha não são boas para ninguém, mas esta é a única forma de os trabalhadores mostrarem seu descontentamento e cobrarem uma valorização justa. O governo sempre alega dificuldades financeiras, porém ele nunca mostra os números. Vamos começar com as paralisações setoriais, mas da forma que os trabalhadores estão se mostrando insatisfeitos com o tratamento recebido, acredito que na próxima semana uma greve geral seja instalada na cidade, é praticamente inevitável, caso o cenário não mude”, afirma o presidente em exercício do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.