Contra as 16 medidas da maldade, 16 pontos resgatando a verdade.

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Em forte contraste com o que ocorre em cidades do mesmo porte, a Prefeitura de Ribeirão Preto requenta a tese da Lei de Responsabilidade Fiscal para perseguir os servidores

1. Herdeiros da privatização e do arrocho voltam ao Governo

Como se a Abolição da escravatura pudesse ser feita por um traficante de escravos, a Prefeitura de Ribeirão Preto tenta nos convencer que herdeiros de governos que cortaram salários, privatizaram, demitiram funcionários e se esforçaram pelo desmanche do setor público, pudessem voltar à Prefeitura na condição de comando para implantar a modernidade administrativa e a preocupação com o social.

2. Provincianismo nomeado

Nada mais provinciano do que supor que a “modernização” do serviço público de Ribeirão Preto só pode ser feita por alguém que se formou, foi criado e nasceu próximo à capital do estado e cresceu bajulando as atrasadas elites que dominam, atrasam e exploram o nosso estado.

3. Uma mentira inteira vendida por meias verdades

Corremos o risco de Ribeirão Preto substituir uma gestão patronal atrasada – que nos anos 90 – foi baseada numa ideologia, por uma gestão ainda mais atrasada baseada na demagogia. Não aceitaremos que essa grande mentira seja vendida em prestações como meias verdades.

4. Uma década de um Brasil progressista

O nosso país, nos últimos 11 anos, enfrentou grandes desafios e encontrou novas respostas para seus antigos problemas. O emprego e a renda bateram recordes históricos. Nossas reservas internacionais, mais sólidas, criaram confiança. O crédito cresceu. E a inflação permaneceu sob controle, garantindo a estabilidade da economia.

5. Um futuro melhor passa por serviços públicos de qualidade

O Brasil tem muito espaço para crescer. E o povo brasileiro, com motivos de sobra para ter esperança em um futuro ainda melhor, foi às ruas por entender que precisamos crescer não só em termos de economia e de mercado. Precisamos crescer não só em consumo de bens, mas, igualmente, na melhoria da qualidade, da quantidade e do acesso aos serviços e bens públicos.

6. Despertar no Brasil e insônia em Ribeirão Preto

Enquanto cidades brasileiras debatem benfeitorias variadas, investimentos e eventos grandiosos com o despertar do serviço público, o governo de Ribeirão Preto provoca a insônia dos servidores e da população anunciando medidas descabidas, ineficazes e inaceitáveis. São justificadas como tentativa de se manter nos limites de gastos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, mas na verdade é uma nuvem de fumaça para esconder da população os gargalos para o crescimento e para o desenvolvimento da nossa cidade.

7. Reversão dos fatores limitantes ao crescimento

A cidade de Ribeirão Preto registra inúmeros fatores que limitam sua competitividade econômica e o seu equilíbrio fiscal. E nem de longe os servidores públicos municipais representam limites a competitividade. Não há uma palavra do governo de Ribeirão Preto diante dos desafios reais ao nosso comércio, à nossa indústria e à nossa atividade econômica mais variada. Não acreditamos que tantos anos de falta de planejamento econômico e baixo crescimento são reversíveis à custa dos servidores públicos municipais e do corte de serviços essenciais oferecidos à população.

8. Uma Prefeitura baseada na grandeza do nosso povo e dos desafios

A verdade é que a Prefeitura é muito menor que as necessidades da cidade de Ribeirão Preto. A nossa cidade quer e precisa de uma Prefeitura maior para dar conta dos seus desafios, para impulsionar nossos dons e nossas vocações. O governo fala em manter prudência em relação aos limites impostos pela lei de responsabilidade fiscal. A Prefeitura Municipal deveria ser mais prudente em relação aos bairros que não tem ruas, ser mais prudente em relação aos jovens que não têm horizontes, ter prudência em relação ao serviço público que não chega para todos e que o governo ainda quer diminuir.

9. Contramão histórica da visão e das boas práticas de governo

A necessidade de atuação econômica do setor público, no caso municipal, da Prefeitura, prende-se à constatação universal de que o sistema de mercado por si só não consegue cumprir adequadamente várias funções. Essa é uma visão moderna, adotada por grandes países de economias de mercado. No momento em que o mundo desloca a sua atenção e seus esforços para o crescimento da participação pública na atividade econômica, o governo de Ribeirão Preto tenta dirigir a cidade na contramão do momento histórico e dos interesses do seu próprio povo.

10. Mentalidade estreita e tacanha

Nenhuma empresa ou organização séria fala em Estratégia de Redução de Despesas, sem antes apostar e apresentar claramente a sua Estratégia de Crescimento. Também chamada de comportamento prospectivo, a Estratégia de Crescimento é a marca de uma gestão comprometida com novas oportunidades, com capacidade de lidar com ameaças emergentes. O governo mostrou um foco muito estreito, injusto, desumano e ineficaz e ainda reluta em procurar oportunidades novas ou atuar em situações diferentes daquelas que está acostumado.

11. Frustração profissional

As necessidades insatisfeitas, cada vez mais intensas, produzem crescente sentimento de frustração, revolta, abandono e ansiedade entre os servidores municipais. É raro encontrar no governo a valorização das relações humanas, a busca de metas coletivas baseadas no diálogo. Na maioria dos casos impera a repreensão e o abandono por parte dos gestores, o que aumenta o estado geral de desânimo e resignação.

12. Inabilidade gerencial

O governo quer transferir para os servidores uma deficiência que é dele próprio: a inabilidade de compreender a generosidade e a grandeza dos recursos humanos da Prefeitura, suas necessidades, seus interesses e suas atitudes. A nomeação de gestores incapazes de entender, liderar e trabalhar com pessoas é expressão da inabilidade gerencial do governo. E para tornar pública essa sua incapacidade, desenvolveu-se um questionável esforço investigativo no governo traduzido em números aleatórios e desconexos que aprofundam a certeza de como a gestão é incapaz de desempenhar o seu papel.

13. Falência fazendária

O governo não tem um pasta da Fazenda à altura dos desafios que a cidade exige. Baseia-se num pensamento econômico resmungão: nada dá certo, nada serve, nada evolui. Parece uma velha fórmula hipocondríaca de cortar isso e cortar aquilo. Não compreende – ou não consegue compreender – que bens de consumo coletivo e essenciais só funcionam bem quando subordinados a gestão do estado, que na esfera municipal, é representado pela Prefeitura.

14. O diferencial competitivo

Nenhum governo é cobrado pelo quantidade de prédios públicos que inaugura. Nem será cobrado pelo número de carteiras que ele coloca em salas vazias ou fachadas pintadas em postos de saúdes. O governo será cobrado pela qualidade dos serviços municipais que a população merece e precisa. Portanto, cada vez mais, o diferencial competitivo se dá por meio das pessoas. São pessoas que cuidam de pessoas. São pessoas que protegem pessoas. São pessoas que educam pessoas. São pessoas que atendem pessoas. Uma Prefeitura sem servidores não é um local vivo, de atendimento e reciprocidade com às demandas populares. É um museu abandonado, como sonho os neoliberais reabilitados pelo atual governo

15. Sacrifícios para os outros

Não aceitamos o discurso reintroduzido no governo de que na vida tudo deve vir com esforço, tudo virá com sacrifício. Porque para eles, o esforço e o sacrifício serão sempre dos servidores, não deles. Porque quem articula contra os servidores não faz esforço nenhum; procura nem falar com a própria boca. Afinal, também nunca foi muito acostumado a andar com as próprias pernas, nem a trabalhar com os próprios braços.

16. Um governo cada vez mais isolado e sem rumo

Com pensamentos progressistas e avançados, o Brasil abandonou a ortodoxia do FMI e dos banqueiros internacionais. Enfrentou-os. Derrotou-os, pois o Brasil, a partir dali, nunca mais seria o mesmo. Nem o mundo, nem o próprio FMI. O nosso país buscou a saída no mercado interno – barrou a especulação de preços e da moeda, valorizou o serviço público e os servidores públicos. Parecia-nos que a atual administração admirava a heróica e avançada decisão que mudou o modo de enfrentar as crises e promover avanços. Os riscos e perigos de seguir na contramão de uma trajetória vitoriosa, o atual governo correrá sozinho. Cada vez mais sozinho e sem rumo.

Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto – SP

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