O novo comando operacional da Guarda Civil Municipal parece querer inventar e decidiu que quer acabar, sem debater com a categoria, com o turno de trabalho das 14:00 às 2:00 horas dos guardas municipais. A mudança repentina gerou grande descontentamento entre os GCMs, aproximadamente 20% da corporação, que fazem o período de trabalho. Revoltados com a atitude unilateral do comando operacional da GCM, os guardas se reuniram no início da tarde desta sexta-feira (27) com a Diretoria Atuante do Sindicato dos Servidores para debater o assunto e buscar uma solução para o problema. Ficou definido no encontro que os servidores e o Sindicato estarão na próxima segunda-feira (30) no Palácio Rio Branco, no período da manhã, para debater o problema com o secretário de Governo Nicanor Lopes.
“O que nos preocupa é que a decisão está sendo tomada sem a mínima discussão com os trabalhadores. E mais, essa decisão absurda vem de um GCM que deveria zelar pelo bom andamento corporação e pela vontade dos trabalhadores. Vamos conversar com o Nicanor Lopes e ponderar os prejuízos que essa mudança trará para os GCMs e para os ribeirão-pretanos”, diz o guarda municipal e vice-presidente do Sindicato, Alexandre Pastova.
Prejuízos para os guardas
A extinção da jornada de trabalho das 14:00 às 2:00 horas trará um grande prejuízo para os Guardas Municipais e para a população de Ribeirão Preto. Para os GCMs o prejuízo passará pelo bolso do trabalhador que perderá mais de R$ 400 no vale-alimentação. Outro fato que preocupa a categoria é que as trocas de turno de quem realiza as jornadas de trabalho das 7:00 às 19:00 e das 19:00 às 7:00 horas eram cobertas pelos guardas do turno das 14:00 às 2:00 horas.
“Se um guarda tem um problema emergencial e é obrigado a faltar, ou atrasar, e consegue avisar em cima da hora, a troca de turno é coberta pelas equipes que trabalham das 14:00 às 2:00 horas. Se este horário acabar, essa troca de turno será muito prejudicada. Também é importante ressaltar que os servidores perderão muito de seu vale-alimentação se isso acontecer. Não vamos tolerar atitudes intransigentes que prejudicam os servidores”, ressalta Pastova.
Prejuízo para a população
Além do prejuízo para os GCMs, um outro fator preponderante para que os trabalhadores se revoltassem com a mais nova invenção do novo comando operacional da Guarda, é o fato de que os crimes, estatisticamente, ocorrem em maior proporção nos períodos da tarde, noite e início da madrugada, justamente o horário que querem extinguir, e que garante mais guardas nas ruas da cidade.
“É uma falta de respeito com a população que paga seus impostos e merece mais GCMs na ruas. Esse governo parece destilar sua maldade contra os trabalhadores e o povo em doses homeopáticas, cada dia é um fato novo que só traz prejuízos. Vamos nos reunir na próxima semana com o secretário Nicanor Lopes e mostrar o que essa atitude unilateral trará de prejuízo. Mais uma vez eles tentam empurrar goela abaixo dos trabalhadores suas medidas descabidas, mas estamos atentos e vamos lutar contra isso”, ressalta o diretor do Sindicato e guarda municipal, Valdir Avelino.