Com apoio do Sindicato, trabalhadores cruzam os braços em Pradópolis

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Os servidores municipais do setor operacional de Pradópolis cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira, dia 6 de outubro, para reivindicar melhores condições de trabalho. A paralisação contou com o apoio total do Sindicato dos Servidores.

O Principal motivo da paralisação dos servidores do setor operacional é a falta de condição de trabalho adequada. Caminhões sucateados, ônibus sem tacógrafo, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e assédio moral por parte da chefia fazem parte das reclamações dos servidores. A paralisação só chegou ao fim, depois que membros do governo atenderam o Sindicato e uma comissão formada por trabalhadores. Após uma reunião de mais de duas horas. Uma no reunião entre a entidade que representa os servidores, a comissão de trabalhadores e representantes do governo vai acontecer na próxima semana.

Veículos sucateados

Caminhões com faróis quebrados, bancos deteriorados, portas amarradas com corda, ônibus sem tacógrafo e ambulâncias em pleno estado de abandono. Foi nesta situação que a frota de veículos da prefeitura foi encontrada pela Diretoria Atuante numa rápida visita feita ao pátio da Secretaria de Obras. “Não vamos aceitar que nossos trabalhadores arrisquem suas vidas em veículos sem condições de uso. Encontramos caminhões com os faróis quebrados, bancos que não possuem a mínima condição de uso e, o que é pior, ônibus que transportam crianças sem tacógrafos. É um grande absurdo estes veículos circularem pelas ruas de Pradópolis. Numa situação normal de transito estes veículos seriam apreendidos com certeza”, relata o vice-presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

Falta de uniformes e EPIs

Outro problema encontrado pelo Sindicato dos Servidores foi a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de uniformes. Alguns servidores ainda utilizam uniformes da gestão passada do município. “Os trabalhadores não possuem os EPIs necessários para o trabalho do dia a dia. São trabalhadores que exercem tarefas pesadas e que precisam dos equipamentos certos para as funções. Não aceitaremos que os trabalhadores se exponham a diversos riscos por falta de EPIs. O governo também tem que pensar nos uniformes do servidores que, além de identificá-los, são roupas adequadas para o trabalho executado por eles”, fala coordenador da Seccional de Pradópolis, Reginaldo Marcandali.

Tratamento hostil

Muitos trabalhadores também reclamaram de assédio moral por parte da chefia do local. Os servidores relataram que o tratamento dado a eles é hostil. “O chefe não precisa ser amigo dos servidores, mas ele precisa tratar bem os trabalhadores. Não adianta perseguir, fazer cara feita e muito menos tratar mal os servidores. Queremos um tratamento digno para quem faz a cidade de Pradópolis ser o que ela é hoje”, relata o diretor do Sindicato, Valdir Avelino.

Reunião tensa

A reunião entre o Sindicato, os trabalhadores e membros do governo foi quente. O Sindicato relatou todos os problemas encontrados no local de trabalho e exigiu que providências sejam tomadas. Do outro lado da mesa de discussão, os membros do governo tentavam justificar o injustificável. “Falamos sobre constatações e não hipóteses. Contra fatos não há argumentos. Mostramos que os problemas existem e que precisam ser resolvidos. Vamos nos reunir novamente na próxima semana e queremos que já no próximo encontro as providências sejam tomadas para melhorar a vida daqueles trabalhadores. Um servidor não pode percorrer 30 quilômetros por dia, recolhendo o lixo de todo o município, e ainda ser obrigado a fazer outras funções, é desumano”, finaliza o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues. 

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