Março chegou e com ele a memória e as histórias da força e da luta feminina de todos os dias por justiça e igualdade. Durante todo o mês d o Coletivo de Mulheres do Sindicato dos Servidores Municipais trabalhará junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Ribeirão Preto e a Associação Programa de Mãos Estendidas para, através de uma série de ações, celebrar a luta e resistência feminina.
O começo dos trabalhos aconteceu oficialmente na manhã da última sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher. Diretores e funcionárias do Sindicato estiveram no Banco de Sangue de Ribeirão Preto multiplicando amor e solidariedade através da doação de sangue. Por lá, as doadoras receberam muito carinho e mimos da equipe do posto de coleta, que preparou uma manhã de cuidados com a pele e maquiagem para celebrar a data.
“A doação de sangue já é nossa ação mais tradicional, é uma forma de fazermos o bem e chegarmos a todos. O oito de março é uma data de luta e nos engajamos em marca-lo das formas mais nobres possíveis, assim como são pautadas as nossas pelejas. Agora, mais do que nunca, é importante refletirmos sobre o caminho de conquistas da mulher até aqui e não esquecermos que ainda há muito pela frente e é importante resistir e seguir”, explicou Jacira Campelo, secretária-geral do Sindicato e vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – São Paulo (CTB-SP).
No mesmo dia o grupo assistiu no Cineclube Cauim a exibição do documentário Legítima Defesa. Escrito, dirigido e produzido por mulheres, o filme conta a história de mulheres vítimas de constantes agressões físicas e psicológicas que, para proteger a própria vida e até a dos filhos, mataram os companheiros.
“O documentário coloca em discussão o direito à vida e reafirma a necessidade do debate relacionado à violência de gênero. Estamos no país onde uma mulher é morta cada duas horas vitima da violência, precisamos falar sobre isso, precisamos discutir essas histórias e formas de impedir que elas se repitam, precisamos discutir direitos e políticas públicas. É preciso reeducar nossa sociedade sobre o machismo e deixar claro que não é normal a agressão, a coação, o medo e a impunidade. Temos de defender nossas mulheres”, afirmou Claudia Torres, diretora do Sindicato e vice-presidente do CMDM.
Para a próxima sexta-feira (15) a programação inclui o seminário “Autonomia Feminina x Violência Doméstica – Como erradicar o machismo nas relações”, que discutirá a violência contra a mulher, suas formas, desfechos e caminhos e políticas públicas para o embate a ela. O evento é gratuito e aberto ao público, e acontecerá no Hotel Transamerica Prime, à partir das 09h.
“Para nós é extremamente importante trazer para dentro do Sindicato discussões que tratam sobre a vida da mulher. Somos uma entidade que luta por direitos e mais do que respeitar, nós nos orgulhamos das conquistas da mulheres, aqui trabalhamos para que as vozes de cada uma sejam ouvidas e as lutas sejam lembradas e honradas todos os dias. Nossa bandeira é uma sociedade justa e correta para homens e mulheres, que garante liberdade, autonomia e direitos a cada um, nossa bandeira é a luta pelo todo, todo dia”, finalizou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.