Na sexta-feira (1/7), o Sindicato dos Servidores Municipais foi palco de uma reunião da qual participaram representantes de sindicatos, entidades da sociedade civil, movimentos estudantis, universidades e outras organizações com o objetivo de discutir os objetivos do movimento denominado “Escola Sem Partido” – ESP, que defende para nosso país uma educação de viés fascista, caracterizada pelo pensamento único.
O movimento ESP nasceu por meio de movimentos conservadores, que utilizam a internet como principal meio de divulgação de suas ideias e ideais, e tem como principal vitória a edição de uma legislação aprovada no estado de Alagoas, que impede os professores de emitirem suas opiniões sobre diferentes assuntos debatidos em sala de aula, inclusive, podendo ser presos caso o façam.
É preciso esclarecer que a legislação alagoana fere a Constituição Federal em pelo menos dois dispositivos do artigo 5º, no qual estão as chamadas “cláusulas pétreas”, que definem os “direitos e garantias individuais”. Mas, até o presente momento o Poder Judiciário não suspendeu sua vigência e a legislação continua valendo.
Por isso, está sendo constituída uma Frente Nacional contra o Escola Sem Partido, cujo lançamento far-se-á no próximo dia 13 de julho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, e aqui em Ribeirão Preto já estamos organizando uma Frente Local, com lançamento iminente, pois o tema é relevante e afetará a educação de todo o país.
Na reunião ficou estabelecido a formação de três comissões encarregadas de formalizar e dar corpo ao embrião da Frente local – Comunicação e Mobilização, Formação e Finanças. Todas as comissões estão abertas não só aos professores das redes municipal, estadual e privada, mas também a todos os cidadãos que defendem a democracia e favoráveis à ampla liberdade de expressão e pensamento.
“A reunião foi extremamente positiva e representativa não só em função da participação de pessoas e entidades, mas também pela qualidade do debate político-pedagógico proporcionado pelas diferentes intervenções. Nesse sentido, a organização avançará rapidamente, mais pessoas se incorporarão aos debates e a cidade de Ribeirão Preto estará preparada para evitar quaisquer tentativas de fazer retroceder a democracia aqui e na região”, conclui o Prof. Donizeti Barbosa, vice-presidente do SSM, que representou a entidade no evento.
Para mobilizar e discutir o assunto já há um grupo no Messenger – Ribeirão contra o ESP – e para se informar sobre os demais encaminhamentos entrem contato com a professora Lilia Octávio (Celular/WathsAPP: 16-99207-1027).