A manhã desta quinta-feira, 30 de junho, foi marcada por uma das maiores manifestações de trabalhadores já registrada na cidade de Pradópolis. Houve protestos simultâneos em dois setores, o da educação, na Escola Municipal Sérgio Rossetti e na infraestrutura, no setor de Obras Públicas, onde a concentração foi de aproximadamente cem servidores. O objetivo das manifestações foi demonstrar a insatisfação da categoria com a oferta de reajuste oferecida pelo governo de apenas 6%, divididos em três parcelas. Os trabalhadores buscam agora reabrir o diálogo com a administração municipal para que o índice de 9,51% que eles reivindicam, seja atendido.
Ainda era noite quando a Diretoria Atuante chegou ao setor de Obras Públicas nesta quinta-feira
Foram três horas de manifestações pacíficas e com portões abertos. Os trabalhadores levaram cartazes, faixas e pediam, a todo o momento, mais valorização e um reajuste salarial digno.
“A oferta do governo é um tapa na cara do trabalhador. Todo mundo sabe que as coisas estão aumentando de preço por conta da inflação e nosso salário não acompanha. Não vamos parar até sermos ouvidos e atendidos”, disse um dos servidores que preferiu anonimato.
Os protestos foram apoiados pelo Sindicato dos Servidores Municipais, FTM (Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Públicos Municipais do Estado de São Paulo) e pela NCS (Nova Central Sindical).
Para o Presidente em Exercício do Sindicato, Laerte Carlos Augusto, a iniciativa é justa e deve continuar pelos próximos dias. “Não vamos nos intimidar em nenhum momento e faremos o que for preciso para que o servidor de Pradópolis seja respeitado. Hoje, iniciamos esses protestos de forma tranquila e vamos continuar assim. Nesta sexta-feira (01) estaremos aqui para novas manifestações. A população entende nossos anseios e está do nosso lado nessa luta”, discursou Laerte durante o protesto.
Uma carta aberta à população com as explicações sobre os motivos da manifestação foi distribuída durante o ato e a maioria dos moradores de Pradópolis realmente demonstrou apoio aos servidores como conta o coordenador da seccional de Pradópolis, Reginaldo Marcandali, que ajudou na panfletagem.
Reginaldo Marcandali orientando a população sobre as manifestações
“Estamos focados em nosso objetivo de sermos respeitados e valorizados pelo governo. É uma luta árdua, mas vamos demonstrar que nossas reivindicações são válidas, prova disso, é o apoio da população, que está ao nosso lado e isto ficou muito claro hoje”, declarou o coordenador.
Após o protesto, o presidente em exercício, se reuniu novamente com os servidores para reafirmar o apoio da entidade para conquistar os objetivos. Ele falou sobre a importância de se manter a unidade e convocou os trabalhadores para uma nova assembleia geral na próxima segunda-feira, 04 de julho, às 18:00 na sede do sindicato.
Até lá, o governo pode apresentar uma nova proposta que satisfaça à categoria, o que colocaria fim às manifestações, ou continuar a ignorar os apelos dos trabalhadores. Sem novas negociações, a possibilidade dos servidores optarem por uma greve geral é muito grande segundo a avaliação da Diretoria Atuante.
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