Governo aposta todas as fichas na tentativa de engordar o caixa diminuindo o salário do servidor
O Sindicato já mostrou na ponta do lápis que todo servidor perderá em média mais de 1/2 salário completo por ano trabalhado se a inflação deste ano não for reposta. Se não houver reajuste este ano, em apenas 24 meses, as perdas salariais acumuladas de carreiras que recebem em média R$ 4.727,25 na remuneração (ex: professores PEB II) já vai ser de R$ 5.566,91, um valor bem maior que o próprio seu salário.
Os prejuízos na remuneração integral serão proporcionalmente maiores. Embora os custos das perdas salariais para os servidores da ativa sejam muito altos, é no momento da aposentadoria que o trabalhador sentirá com mais força o prejuízo. E, uma vez aposentado, não poderá mais fazer uso da Greve como instrumento legítimo de pressão contra o congelamento salarial.
Em 12 anos de aposentadoria, a perda acumulada vai equivaler a mais de 6 vezes o valor do benefício. Não há como se aposentar com o padrão de vida atual com uma perda salarial que será permanente.
Diante da Greve eminente, um tema que domina as discussões entre os servidores é a reposição dos dias parados. Os servidor fica insatisfeito – e com razão – quando tem que repor os dias. O Sindicato também considera que a decisão do STF (RE 693.456), que obriga a reposição ou o desconto, é injusta.
Entretanto, o prejuízo da falta de reposição da inflação é muito maior e permanente. Se o servidor colocar as contas na ponta do lápis, vai perceber que a questão da reposição dos dias é uma arma que o Governo usa como desestímulo à Greve. Mas o prejuízo de não lutar é infinitamente maior e acompanhará o servidor por toda carreira.
Qualquer que seja a sua faixa salarial, sem a reposição da inflação deste ano, você acumulará perdas salariais mês a mês. A cada dois anos, matematicamente, você estará perdendo mais que um salário inteiro.
Participe da Assembleia de quinta, dia 04, às 17horas, na Câmara Municipal. Sua participação faz a diferença!
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