Governo Municipal se mantém em silêncio desde que os servidores recusaram a proposta de reajuste de 1,81% e assembleia realizada na noite desta segunda-feira (9) ratifica a decisão da categoria pela realização de greve geral
Mesmo com a decisão do juiz federal da 2ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto, Walney Quadros Costa, na semana passada, que legitimou a diretoria do Sindicato dos Servidores e disse que a Prefeitura tem de negociar com o Sindicato dos Servidores, o Governo Municipal se manteve intransigente, não conversou com os trabalhadores e a greve geral deliberada na semana passada terá início à zero hora desta terça-feira em Ribeirão Preto. A decisão pela greve foi ratificada em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (9) pelos servidores presentes no encontro. “É realmente inaceitável a forma de negociação imposta por este Governo. À imprensa ele diz que está aberto para negociar, porém, em mais de uma mês com a pauta dos servidores em mãos, a administração realizou apenas duas reuniões: uma pra dizer que não negociaria e a segunda pra fazer uma proposta muito abaixo da expectativa dos trabalhadores de 1,81%. Isso está muito longe de ser uma negociação”, afirma o presidente do Sindicato dos Servidores, Laerte Carlos Augusto. “A categoria ratificou seu desejo pela greve e à zero hora desta terça-feira se iniciarão as paralisações”, confirma Laerte.
Indignação dos Trabalhadores
Os servidores municipais se mostraram indignados com a postura do Governo Municipal em não dialogar com a categoria, mesmo com a decisão da Justiça publicada na tarde de sexta-feira (6), que legitimou a diretoria do Sindicato. Na referida decisão o Juiz afirma que “é inconcebível e não se justifica a recusa do Poder Público Municipal em negociar índices de reajustes salariais com o Sindicato dos Servidores”. A indignação foi confirmada com a decisão da categoria, praticamente unânime, pela realização da greve geral a partir da zero hora desta terça-feira (10). “Mesmo com a greve marcada e com uma assembleia para ratificar a decisão pelas paralisações, o Governo não fez sequer um contato para agendar uma nova rodada de negociação. Estamos sempre abertos ao diálogo esperamos que os gestores adotem o mesmo caminho”, sugere o presidente.
Organização da Greve
A assembleia realizada nesta noite também serviu para tirar dúvidas dos servidores e para organizar o movimento grevista. O material produzido pelo Sindicato dos Servidores, como cartazes de greve e carta aberta a população, também foi entregue aos trabalhadores.
Proposta recusada
Os servidores municipais recusaram, durante assembleia geral em frente ao Palácio Rio Branco (sede da Prefeitura), no dia 3 de abril, a proposta de reajuste salarial feita pelo governo municipal de 1,81% nos salários dos servidores da ativa e dos aposentados e pensionistas, no vale-alimentação e na cesta básica nutricional dos aposentados. Os servidores municipais pedem um reajuste salarial de 10,8%.