E o aumento? Reajuste dos servidores fica de fora da LOA

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Os números foram observados de perto pela Diretoria Atuante, do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, que acompanhou a apresentação da L.O.A – Lei Orçamentária Anual – na noite de quarta-feira, 16, no Palácio Rio Branco. A entidade questionou o governo sobre a falta do percentual de reajuste salarial dos servidores na previsão de gastos da prefeitura para o ano de 2016. O índice inflacionário, que este ano está na casa dos 9,3% de acordo com o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – ficou de fora dos cálculos do governo, que apresentou apenas o percentual do crescimento vegetativo da folha salarial (4,5%) na tabela orçamentária.

Questionado sobre a falha nos cálculos, o secretário de governo, Marcus Berzoti, se atrapalhou ao explicar os motivos que levaram o governo a ignorar a correção da inflação. Segundo ele, os números que foram apresentados não são definitivos e poderão ser alterados antes de seguirem para aprovação na Câmara Municipal.

Diante da falta de clareza nas receitas e despesas previstas para o ano subsequente, o Presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues, pede para que os servidores e a população fiquem atentos. O governo tem até o dia 30 de setembro para encaminhar o orçamento à Câmara Municipal. “O governo está brincando com os trabalhadores ao deixar de fora a correção da inflação no orçamento anual de 2016. Assim como estivemos acompanhando atentamente essa apresentação financeira, continuaremos vigilantes e vamos cobrar cálculos corretos. Temos que evitar que o governo use de artimanhas contábeis para prejudicar os trabalhadores”, comentou o presidente.  

Além da correção inflacionária, verbas importantes envolvendo áreas como Saúde, Educação, Segurança e demais Secretarias também foram questionadas pelos Diretores da entidade. Na oportunidade, o vice-presidente do SSMRP, Laerte Carlos Augusto, também lembrou sobre os gastos com terceirizados. “Queremos saber sobre as despesas com terceirizados e cargos em comissão sem vínculo, pois entendemos que a porta de entrada no serviço público, como estabelece a Constituição, é o concurso público e há diversas pessoas aprovadas em diferentes concursos, aguardando o chamamento para ingressarem nos quadros da prefeitura”, completou Laerte.

Para o vice-presidente do Sindicato, Prof. Donizeti Aparecido Barbosa, o governo deveria buscar fontes alternativas para gerar novas receitas ao município e evitar situações desgastantes como essas. “O governo não pode abdicar da função de governar. Afinal, quando o povo elege qualquer governante, o faz com a expectativa de que ela ou ele apresente soluções criativas para os inúmeros problemas que afligem a vida da cidade. Ribeirão Preto é uma das cidades mais ricas e importantes do país, com status de metrópole regional, e pensar apenas em terminar o ano vindouro com as contas equilibradas, após sete anos de marcantes desequilíbrios, como afirmou um secretário municipal durante a audiência pública, significa diminuir o tamanho e a importância econômica e política da cidade nos cenários regional, estadual e nacional”.

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