“Fundada em 12 de dezembro de 2007, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) completa nesta quarta-feira 5 anos de uma Central Classista de luta pela valorização do trabalhador e desenvolvimento do país. e segundo sua atual direção ela responde a uma nova conjuntura política e sindical no país”. Este foi o tom dado pelo presidente da CTB, Wagner Gomes, em depoimento gravado em função da passagem da data.
De acordo com Wagner Gomes, a CTB justifica sua missão com a defesa de que o ideal neoliberal tenha se esgotado no Brasil e na América Latina. Nesse sentido, surgiu como desafio estratégico dos trabalhadores: a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho.
“A CTB desde a sua fundação aprovou um programa que tem como centro a luta por um projeto que verse pela integração solidária latino-americana e também pelo esforço de fazer com que este projeto contribua para avançar rumo a um objetivo maior e estratégico, que é a luta pelo socialismo”, reafirmou o dirigente.
Renato Rabelo, presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), destacou a importância desta Central na luta dos trabalhadores e a sua contribuição na defesa do fortalecimento da unidade, da democracia do movimento sindical brasileiro e da solidariedade internacionalista. “A CTB nunca fugiu à luta pelas conquistas sociais dos que vivem do trabalho no Brasil, da autonomia deste movimento em relação ao patronato e ao Estado, e da formulação permanente de uma agenda de lutas avançadas para o movimento dos trabalhadores, em direção à construção de uma sociedade mais justa, o socialismo”, declarou em depoimento à CTB o dirigente.
Unicidade na luta
“Nós defendemos a unidade do movimento sindical, participamos do Fórum das Centrais Sindicais, mas a linha básica que viabilizou e tornou necessária a criação de uma central como a CTB foi ter uma central que não fizesse um sindicalismo sectário de oposição radicalizada ao governo, nem uma central que tivesse uma postura de aderência acrítica ao governo, mesmo em questões que atingissem o direito dos trabalhadores. É com esse viés que a CTB surgiu e é através dele que balizamos nossa luta”, salientou o dirigente.
Conclat
A 2ª Conferência Nacional dos Trabalhadores (Conclat), que foi realizada em 1º de junho de 2010, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e reuniu mais de 30 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, distribuídos pelas 5 principais centrais sindicais reconhecidas atualmente, significou para o movimento sindical no Brasil a retomada de espaço na disputa entre trabalhador e capital. De acordo com Nivaldo Santana, o evento, que foi convocado pela CTB, demonstrou a capacidade de organização e articulação que as centrais sindicais adquiriram neste início de século.
“A realização da 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat) vai elevar a um novo patamar o nível de intervenção e influência do sindicalismo e da classe trabalhadora na vida nacional, pois além dos trabalhadores e trabalhadoras, observamos também a adesão dos movimentos sociais como um todo”. Esta foi a argumentação da direção da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em seu 2º Congresso, realizado em 2009, para defender e convocar a realização da 2ª Conclat.