O desafio do envelhecimento

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Valdir Avelino – presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis

presidencia@municipais.org.br

Segundo conclusões de Seminário promovido pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), “o Brasil passou por uma transformação radical em seu perfil demográfico nas últimas décadas. Em 1940, a expectativa de vida era de apenas 44 anos, e os idosos representavam 4,1% da população. Atualmente, vivemos em média 74 anos, e os maiores de 60 anos já são quase 16% dos brasileiros, o que representa um crescimento acelerado, influenciado pela queda da mortalidade infantil, avanços na medicina e redução da fecundidade”.

No mesmo sentido, uma matéria publicada pelo jornal Estado de São Paulo (Estadão) já havia apontado que “como na maioria dos países do mundo, a população brasileira está envelhecendo e em breve começará a encolher. Segundo a ONU, a população no Brasil deve crescer dos atuais cerca de 212 milhões, para 219,3 milhões em 2042, quando começará a encolher até chegar a 163,4 milhões em 2100. Em 1950, o grupo de idosos representava 4% da população; hoje, são 15,8%; em 2100 serão mais de 40%”. Do ponto de vista dos gestores públicos, se há uma vantagem no envelhecimento populacional é o fato de ser previsível. O desafio é buscar o equilíbrio num quadro de necessidades multissetoriais, que envolvem desde o sistema de saúde, o mercado de trabalho, até adaptações urbanísticas e de infraestrutura.

No âmbito sindical, a presença ativa de nossos aposentados e pensionistas tem criado uma interação entre gerações muito positiva, necessária e valiosa. A convivência entre diferentes gerações enriquece a nossa caminhada e a nossa atuação, permitindo a transferência de conhecimento e a troca de experiências. É a experiências de muitas gerações somadas aos anseios e o vigor dos mais jovens que tornam nossa categoria mais resistentes às adversidades. Sem a presença dos nossos aposentados e pensionistas, não seria possível enfrentar, como temos enfrentado, tempos difíceis com tamanha determinação e perseverança. Nossa entidade tem sido parceira de políticas públicas que incentivam a adaptação dos nossos aposentados a novas tecnologias.

Com muita atenção, empenho e carinho, estamos comprovando que a idade não pode ser um impedimento para a aprendizagem contínua. Mas o desafio do envelhecimento precisa entrar rápido e sistematicamente na pauta das políticas públicas dos governos locais. Enquanto faz a sua parte, o Sindicato tem cobrado que os atuais governantes dos municípios onde representamos os servidores e empregados públicos municipais, adotem iniciativas de respeito, amparo e inclusão das gerações mais experientes.

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