Eleições e o necessário fortalecimento do serviço público 

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Valdir Avelino – Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis
presidencia@municipais.org.br 
 
À medida que as eleições se aproximam, vai ficando muito claro que o cenário nacional de polarização política se mantém forte — e deve se refletir no resultado das urnas. Eu não vejo problema que a população eleja prefeitos e vereadores a partir de visões e posições políticas, desde que também, antes de votar, examine as suas propostas sobre políticas públicas e serviços em nosso município. Um debate vigoroso sobre o fortalecimento do serviço público é fundamental para que a escolha da população abra um novo ciclo para nossa cidade. 
 
Ao longo dos próximos meses, Ribeirão Preto viverá um período muito intenso e rico para o processo democrático. Ao meu ver, o debate principal deve girar em torno de ações no município que tenham como objetivo a melhoria da qualidade de vida da nossa população. Sou a favor do debate, pois essa deve ser a marca de um país que tem experimentado o maior período de estabilidade democrática de sua história. Esta estabilidade democrática não se fortalece e nem se consolida a cada nova eleição se o pleito municipal não abordar temas que, de fato, interessam à nossa população. A consolidação de um serviço público universal, de qualidade e valorizado é um processo contínuo e essencial para o desenvolvimento humano e sustentável de nossa cidade. 
 
Sem um exame aprofundado do que propõe cada candidato ou candidata, não será possível acompanhar futuramente se o governante eleito estará cumprindo (ou não) os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral. Para acompanhar, efetivamente, o trabalho realizado pelos agentes públicos eleitos é preciso identificar projetos que tenham a ampliação, a valorização e a democratização do serviço público como foco. Qual candidato ou candidata propõe a construção de espaços de participação da sociedade na vida pública, garantindo à população um debate permanente? Só assim é possível estabelecer uma gestão verdadeiramente democrática e compartilhada da nossa cidade. Em planos de governos democráticos devem constar instrumentos como o orçamento participativo, o respeito e o fortalecimento dos conselhos municipais e a valorização dos canais de comunicação e a transparência dos atos públicos. 
 
O momento da escolha que se aproxima é a oportunidade da nossa sociedade tornar-se mais consciente, crítica e exigente com os futuros governantes. Votar errado não dá o direito do eleitor se arrepender. E todos nós sabemos que é o serviço público, prestado pelos nossos servidores, que afeta o cotidiano das pessoas, onde a base de todas as políticas públicas é efetivada. Assim, os nossos servidores públicos municipais têm um papel fundamental de protagonistas na aplicação real das políticas públicas. 
 

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