Aposentadoria Justa: um Direito Inalienável dos servidores

0
290

Valdir Avelino – presidente do sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis

presidencia@municipais.org.br

Eu tenho o entendimento de que a aposentadoria não é um favor de qualquer governo, nem é um privilégio. Aliás, muito pelo contrário, é um direito conquistado com muito esforço por gerações de trabalhadores. Nós, servidores públicos municipais, dedicamos nossa vida ao trabalho e contribuímos mês a mês para garantir esse direito. Estamos na linha de frente, assegurando educação, saúde, segurança, assistência social, abastecimento de água e tantas outras políticas públicas que levam dignidade e apoio à população.

Diferente dos trabalhadores da iniciativa privada, que seguem outros caminhos, nós, servidores, geralmente dedicamos toda a vida ao serviço público. São décadas de trabalho, por diversas vezes em condições difíceis, precárias, mas sempre com o compromisso com a sociedade. Por isso, ao aposentar, necessitamos muito mais que um benefício: precisamos de reconhecimento e segurança econômica. Infelizmente, o que vemos é o inverso disso. A previdência, que deveria ser motivo de orgulho, sofre ataques e retrocessos. Direitos são desmontados e governos tratam os servidores com descaso. Esse cenário nos impõe um desafio: garantir que a aposentadoria seja justa, digna e valorizada.

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis tem travado muitas batalhas nesse campo. Já enfrentamos projetos que retiravam direitos, organizamos a categoria contra reformas injustas e levamos à Justiça ações para proteger conquistas históricas. Não ficamos apenas na resistência. Também cobramos transparência na gestão da previdência, defendemos a paridade entre ativos e aposentados e lutamos para que os aposentados sejam incluídos nas políticas públicas de nossas cidades. Não podemos aceitar que servidores aposentados, depois de toda uma vida de dedicação, fiquem para trás, em relação aos colegas da ativa.

Tudo o que pedimos é igualdade de tratamento. E igualdade de tratamento em tudo! Afinal, a aposentadoria não pode ser pensada apenas em números. Ela mexe com a identidade de cada servidor. Ao deixar o trabalho, muitos sentem a perda de renda, mas também de espaço social e de reconhecimento. É por isso que programas de saúde, lazer, cultura e integração não são luxo. São fundamentais para que essa etapa seja vivida com dignidade e não com isolamento. Garantir uma aposentadoria justa é reconhecer que o Município tem uma dívida com aqueles que serviram a coletividade. Não aceitaremos retrocessos. Nossa luta é por dignidade hoje e sempre!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui