Servidores da Saúde iniciam nova jornada e Sindicato faz blitz em Distritais de Saúde para colher provas contra a terceirização
A Diretoria Atuante do Sindicato dos Servidores realizou uma blitz na manhã desta terça-feira, dia 1º de julho, dia em que os trabalhadores auxiliares e técnicos de enfermagem e os auxiliares de farmácia e saúde bucal começaram a cumprir a lei 2.594/13, a Lei das 30 Horas, que reduz a jornada de trabalho de 36 para 30 horas semanais, nas Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Norte e Cuiabá, para colher informações e juntar provas para compor a representação que a entidade irá ingressar junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público Estadual (MPE), contra a terceirização que está sendo implantada pelo Governo Municipal.
A lei das 30 Horas é uma conquista do Sindicato e dos trabalhadores auxiliares e técnicos de enfermagem e os auxiliares de farmácia e saúde bucal.
“Como já havíamos falado, não dava para ingressar com uma representação antes dos trabalhadores iniciarem a jornada de 30 horas semanais, e os terceirizados começarem a trabalhar nas UBDSs. Era preciso aguardar o momento exato. Agora, com as provas necessárias em mãos, como vídeos e fotografias dessas pessoas nos locais de trabalho, vamos ingressar com a representação junto ao Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Estadual para cobrar um prazo final para o encerramento dessa terceirização. Não vamos aceitar que essa terceirização seja permanente. Queremos um prazo exato para a contratação de trabalhadores concursados”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.
Os vídeos e fotografias colhidos pelo Sindicato serão anexados à representação que será feita pelo Departamento Jurídico da entidade que representa os servidores junto aos Ministérios do Trabalho e Estadual.
Situação de risco
Outra preocupação do Sindicato dos Servidores quanto à terceirização na Saúde de Ribeirão Preto está ligada a qualidade do serviço prestado.
“Observamos em nossa blitz que vários terceirizados não possuem experiência e os nossos servidores é que estão tendo de orientá-los. Mas até quando vai ser assim, nossos profissionais servidores, concursados, trabalhando praticamente de “babá” de terceirizado? E quando esse pessoal estiver sozinho nas Unidades, como será o atendimento à população? São perguntas que queremos respostas”, afirma o coordenador da Seccional da Saúde do Sindicato, Noedivaldo Bernardino.
Remanejamento
O Sindicato dos Servidores também está cobrando do governo o motivo para a forma adotada de remanejar todos os profissionais envolvidos na aplicação da nova jornada de trabalho.