A Diretoria Atuante esteve na sede da Secretaria da Educação onde participou de uma reunião importante com a Secretária Débora Vendramini, na tarde desta segunda-feira, 18 de agosto. Os Coordenadores da Educação Professor Donizeti Aparecido Barbosa e Giovane Martins, acompanhados do vice-presidente do SSM-RP e outros diretores levaram até a secretaria as principais queixas dos trabalhadores e cobraram do governo um posicionamento firme diante da ‘onda’ de violência que tem assustado os profissionais da educação nas escolas municipais. Só este ano, pelo menos onze escolas procuraram o sindicato para comunicar casos de furtos, roubos e ameaças. O coordenador da educação sugeriu a contratação de vigias pelo menos nas escolas onde há maior incidência de violência. Uma força tarefa entre todos os órgãos que podem contribuir para melhorar a situação também proposta na reunião.
O vice-presidente falou com os representantes da secretaria sobre suas visitas recentes às escolas da zona norte da cidade, unidades que mais sofrem com a violência, e lembrou à Secretária, Débora Vendramini, sobre o caso da professora que foi abordada por bandidos armados quando guardava o carro no estacionamento. “Secretária, é preciso dar uma resposta a essa servidora. Como pode um servidor sofrer tamanha violência no estacionamento da escola e a secretaria não tomar medidas pra aumentar a segurança desses profissionais?“, perguntou Laerte.
A Secretária garante que nos casos de violência envolvendo as escolas o Comandante da Guarda Civil Municipal sempre é comunicado e faz rondas constantes no local. “Esse é um problema que enfrentamos há muito tempo”. Ela também citou os usuários de drogas como um dos fatores externos que contribuem para o problema; segundo ela, esse perfil de delinquente, quase sempre menor de idade, comete pequenos furtos nas escolas para conseguir comprar os entorpecentes. A Secretária enfatizou, por várias vezes, durante a reunião que “a secretaria não faz segurança, faz educação”. Logo em seguida o Diretor Administrativo da Secretaria da Educação, Ângelo Invernizi, descartou qualquer possibilidade de contratação de vigias nas unidades escolares, afirmando que “não cabe no nosso orçamento a colocação de vigias nas escolas”.
Para o Sindicato é evidente que a secretaria não tem poderes de polícia, sendo capaz de acabar com a criminalidade dentro das escolas, mas, tem por obrigação exigir do município que os órgãos responsáveis pela segurança pública tomem uma atitude em relação a isso. Essa idéia foi defendida por todos os representantes do Sindicato que participaram da reunião.
Outro que questionou a atuação da Secretaria da Educação em relação à insegurança foi o Coordenador do Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho, Gaspar Marcelino, que indagou à secretária. “A senhora diz que comunica o Comandante da Guarda Municipal quando tem algum problema; só que ele não deveria ser o único a ser comunicado; a senhora tem que chamar todo mundo. Polícia militar, acionar o governo, falar com o sindicato e chamar até o exercito, se for preciso. O problema de segurança nas escolas está tomando uma proporção gigantesca e não podemos deixar que isso aconteça. Temos que unir forças” argumentou Marcelino.
A ideia de unir forças parece ter agradado a secretária, que se comprometeu a marcar, ainda esta semana, uma reunião com todos que podem contribuir de alguma forma com a solução do problema. “Eu já tenho um levantamento das escolas que estão com mais problemas. Vou entrar em contato com o Marco Antonio – Secretário da Administração, Osvaldo Ceoldo – Secretario de Governo, André Luiz Tavares – Comandante da Guarda Civil Municipal e o Coronel Malaspina – Comandante do Policiamento do Interior – para unir forças e ver o que é possível fazer com os recursos que nós temos”, completou a Secretária.
“Trata-se de um problema complexo, vivido pela maioria das regiões metropolitanas do país. Porém, a administração municipal não pode ficar de mãos atadas diante da violência nas escolas, seja ela física ou simbólica. Compete aos gestores da Secretaria Municipal de Educação envidar esforços, junto com os setores de segurança, municipal e estadual, a fim de evitar que os servidores municipais e, principalmente, as crianças que freqüentam as escolas, sejam atingidas na sua integridade física, pessoal e moral”, conclui o Professor Donizeti Barbosa.