O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto realizou na manhã de hoje, 06, na secretaria de administração, sua primeira reunião de negociação da Campanha Salarial 2017. A discussão durou cerca de duas horas e teve a participação do presidente do sindicato, Laerte Carlos Augusto; de membros da diretoria e também da “Comissão de Negociação” formada por trabalhadores de todas as seccionais e que foi criada na assembleia do dia 23 de fevereiro. Do outro lado, representando o governo, estava o secretário da fazenda, Manoel Jesus Gonçalves; a superintendente do I.P.M, Maria Regina Ricardo, e o secretário de administração Angelo Roberto Pessini Júnior.
A leitura da pauta de reivindicações foi feita pelo presidente da entidade que se atentou, nesse primeiro momento, aos itens gerais e econômicos e, durante a leitura, tanto o governo quanto os servidores fizeram suas pontuações e destacaram a pertinência de cada assunto. O governo está com esta pauta desde o dia 02 de março quando o documento foi protocolado e entregue nas mãos do prefeito.
Logo após a reunião, Laerte destacou que está aguardando o cronograma do governo para que as reivindicações específicas de cada seccional comecem a ser discutidas também. “Foi uma reunião onde nós explicamos alguns itens da pauta, foram 33 inicialmente, e a expectativa agora é que eles possam se aprofundar nessa pauta e nos apresentar uma resposta em breve. Além disso, estamos esperando o cronograma com as reuniões setoriais com os secretários e superintendentes para que possamos tratar os itens da cada seccional”, disse Laerte.
Tensão
Em determinado momento a reunião ficou tensa depois de um comentário do secretário da fazenda que desagradou os servidores que acompanhavam a reunião. Em sua fala, Gonçalves disse que “perdeu-se duas horas discutindo firulas”, se referindo a determinados itens da pauta de reivindicações.
O posicionamento gerou revolta por parte dos servidores e o descontentamento demonstrado imediatamente após sua fala, foi suficiente para que o secretário se desculpasse minutos depois.
Para o presidente do sindicato, faltou respeito. “Eu acho que secretário demonstrou que não tem muito conhecimento de como funciona e como é a didática de uma negociação durante a data base. As declarações foram desnecessárias e exigimos respeito, estamos aqui em nome dos trabalhadores e esperamos respeito mútuo. Colocamos para os representantes do governo que precisamos atingir nosso objetivo e atender os anseios dos trabalhadores”, comentou Laerte após a reunião.
Em entrevista, o secretário amenizou a situação e disse que sempre tem “uma tensão quando o recurso é pouco e você tem que atender as reivindicações”. Segundo ele, ao dizer que “estamos tratando firulas”, na verdade ele quis dizer que, “a pauta é muito extensa e o que é mais sério é o financeiro, não tínhamos tempo de discutir assuntos menores”, explicou o secretário.
Além de tentar explicar o mal entendido, o secretário também disse que avaliará o impacto financeiro e ver o que pode acontecer, “queremos saber o quanto isso significa em valores. Inúmeros outros benefícios da pauta impactam financeiramente e vamos avaliar”, concluiu o secretário.
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