A reinstalação dos ares-condicionados aconteceu 24 horas depois que o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto revelou que a farmácia da Unidade Básica de Saúde Rubens Nicoletti Filho, do bairro José Sampaio, estava sem climatização e, há cinco dias, a sala dos medicamentos marcava temperaturas acima dos 35°graus, o que poderia comprometer a qualidade dos medicamentos.
A gravidade da denúncia feita pelo Sindicato repercutiu nos maiores veículos de comunicação de Ribeirão. Na tarde de ontem, 20, dois funcionários de uma empresa especializada estiveram na farmácia para fazerem a instalação de dois aparelhos novos. Eles já estão funcionando e oferecendo a temperatura ideal para os medicamentos e ainda aliviando o calor excessivo que os servidores e usuários da farmácia estavam enfrentando nos últimos dias.
O Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues, reforçou o importante trabalho da Diretoria Atuante nas averiguações desse tipo de denúncia. “Na vistoria do Sindicato, constatamos que as temperaturas ultrapassavam os 35°graus na área de estocagem dos remédios, um perigo principalmente para os antibióticos que devem ficar entre 15° a 25°graus. O Sindicato cobrou do governo uma solução para evitar o prejuízo de perder toda essa medicação e, o mais grave, de entregar remédios com a eficácia comprometida aos usuários. A pressão do Sindicato foi tanta que em 24 horas o governo apontou a solução, mas já recebemos denúncias semelhantes em outros locais e iremos averiguar”, informou Wagner.
Entenda o caso
A farmácia foi inaugurada no dia 13 de outubro e, segundo os funcionários, dois dias após a inauguração (dia 15) os aparelhos foram retirados das salas por uma empresa que alegava falta de pagamento.
Sem a refrigeração, os medicamentos estavam acondicionados em situação irregular de temperatura, em determinados momentos, o termômetro da farmácia ultrapassava os 35°graus, colocando em risco grande parte do estoque de remédios.
Calor insuportável também no balcão de atendimento. “É desumano isso aqui”, relatou uma das usuárias. Uma funcionária trouxe de casa, um ventilador, porque não aguentava mais passar tanto calor e outro colega de trabalho pediu autorização para usar bermuda para não sofrer tanto com as altas temperaturas.