A luta do movimento sindical contra os juros altos

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Valdir Avelino – presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis

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A alta da taxa de juros tem afetado completamente o desenvolvimento econômico do nosso país. Isso acontece por uma razão muito simples: com os juros lá em cima, abusivos, as famílias não conseguem financiamento e deixam de consumir. Sem consumo, o comércio não vende, os prestadores de serviço ficam sem trabalho e as empresas têm dificuldade de produzir.

É por isso que a campanha das entidades sindicais, na defesa de trabalhadores e da sociedade, contra os juros altos é algo permanente. Como parte desta luta, centrais sindicais e sindicatos de diversas categorias protestaram, nesta terça-feira (30), contra a manutenção da taxa de juros do Banco Central (BC), a Selic, em patamar elevado. A manifestação foi em frente ao prédio do Banco Central (BC), na Avenida Paulista, região central da cidade. Intitulado Menos Juros, Mais Empregos, o protesto também pediu a saída do presidente do BC, Roberto Campos Neto. 

A luta contra os juros altos levou entidades como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central (NCST), a Intersindical e Pública a organizarem os atos em todo o país.  Para os sindicatos, as centrais sindicais e os movimentos populares, os argumentos para manter a Selic nos patamares atuais são mentirosos. É óbvio para qualquer brasileiro que os indicadores econômicos já apresentaram melhora e, assim, a taxa de juros já deveria ter caído há muito tempo.

O salário do trabalhador nunca aumenta no mesmo nível dos juros. Assim, os juros altos representam um verdadeiro boicote à economia. Juros altos significam menos investimentos produtivos, o que só é bom para uma pequena elite de banqueiros internacionais que vive da especulação. Com os juros que o Banco Central impõe, a economia não gira, o dinheiro não circula e perdemos todos.

A taxa de juros imposta pelo Banco Central aos brasileiros só perde para a de países como a Rússia, que está em guerra e sofre severas sanções internacionais. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pelo Congresso Nacional, destinou mais de um trilhão de reais para os bancos, esses mesmos que lucram com os juros altos. É por isso que falta dinheiro para a saúde, para educação, para a assistência social, para a infra-estrutura, enfim, para todas as políticas públicas. A pressão do movimento sindical contra os juros abusivos continuará nas ruas até o Banco Central baixar os juros. Enquanto continuar essa tentativa de sabotagem da economia brasileira, em prejuízo aos trabalhadores e ao nosso povo, o nosso Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis, ao lado das centrais sindicais e movimentos populares, participará de novos protestos e lutas. Temos que baixar a taxa de juros, pois o que o país precisa é crescimento econômico, dinheiro circulando, produção e fortalecimento e valorização do serviço público.

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