Sindicato quer transparência e justiça na implantação das 30 horas

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Profissionais da saúde reuniram-se ontem, segunda-feira 16, na sede do Sindicato dos Servidores Municipais preocupados com o sistema adotado pelo governo para cumprir a lei das 30 horas que deve ser cumprida a partir do dia 1º de julho. A prefeitura anunciou a contratação de terceirizados por meio da Fundação Santa Lydia e o remanejamento de profissionais da saúde para cumprir essa determinação que reduz a jornada de trabalho de 36 para 30 horas semanais. Os trabalhadores expressaram indignação com a forma que essa adequação está ocorrendo. “Eles [governo] estão nos obrigando a mudar de local de trabalho, têm pessoas desesperadas por causa disso, não perguntaram pra gente se queríamos mudar, não é justo” disse uma auxiliar de dentista durante a reunião e que preferiu não se identificar. Os diretores do sindicato compartilharam o mesmo sentimento de insatisfação dos servidores, e, formou uma comissão para cobrar explicações e acompanhar as intenções da secretaria da saúde. Para o Coordenador da Seccional da Saúde, Noedivaldo Aparecido Bernardino, a administração não está agindo de forma democrática e transparente. “A implantação das 30 horas foi uma conquista dos trabalhadores, não podemos aceitar que a prefeitura tente frustrar essa vitória prejudicando ou perseguindo aqueles que lutaram por essa lei. Queremos que a implantação ocorra de forma justa para todos os servidores” disse o Coordenador e Diretor do Sindicato.

A prefeitura usou como justificativa a Lei de Responsabilidade Fiscal para o fato de não abrir concurso público e contratar a demanda necessária e atender as 30 horas. Para o Presidente do Sindicato, o governo quer agir com esperteza e ‘empurrar’ a terceirização a todo custo. “O governo que está aí é frouxo e perdeu a autoridade, nós estamos muito preocupados com essa terceirização, fizemos uma reunião com representantes da saúde dias atrás e eles nos garantiram que não haveria terceirização. O governo quer agir de forma astuta e enganar os servidores, mas, nós estamos olho e ao lado do trabalhador sempre. Não vamos permitir que os servidores sejam enganados”. O presidente também convidou a todos da assembleia para acompanharem o trabalho da comissão e cobrarem, juntos, explicações do secretário da saúde Stênio Miranda ao longo da semana.

O remanejamento deve afetar agentes de enfermagem, auxiliares farmacêuticos, técnicos em enfermagem, agentes odontológicos e técnicos em higiene dental, estes trabalhadores começaram a ser remanejados nesta semana. Profissionais com mais tempo de casa têm prioridade de escolha do novo local de trabalho. A enfermeira Andréia Viana da Silva que trabalha há 6 anos no bairro José Sampaio disse que já perdeu sua vaga para um funcionário mais antigo. “Estou de licença maternidade e soube que já não tenho mais minha vaga quando voltar. Trabalho no posto perto da minha casa, agora, fui coagida a assumir meu remanejamento do outro lado da cidade. Ficou difícil pra mim, além de meu filho cuido do meu pai doente, o trabalho perto de casa me ajudava muito” lamentou a enfermeira.

Para resolver o problema que a prefeitura criou a esses trabalhadores, o Sindicato dos Servidores Municipais está cobrando da administração explicações sobre a medida adotada para a implantação das 30 horas. Uma reunião acontece, ainda hoje, para esclarecer as atitudes que a administração da saúde está tomando sem consultar o Sindicato e os servidores.

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