Sindicato não compactua com o fim do trabalho de apoio na Educação

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Na tarde da última terça-feira (24) representantes do Sindicato dos Servidores Municipais estiveram reunidos com o secretário de Educação, Felipe Elias Miguel, para debater a medida que determina o fim do trabalho como apoio para os professores PEB I. A ideia da Secretaria é substituir os docentes da rede por novos profissionais que serão contratados via processo seletivo, sob a justificativa de se otimizar a folha de pagamento.

Cargo existente desde 2012 no quadro da prefeitura de Ribeirão Preto, o profissional de apoio atua no auxílio pedagógico nas CEIs e EMEIs do município.

“São cerca de 700 profissionais nessa situação. Argumentamos com o secretário sobre a necessidade de se conversar sobre isso e não fazer tudo às pressas, porém ele nos afirmou que a política desta gestão é “otimizar” a folha de pagamento e essa é uma das providências necessárias para que isso ocorra”, esclareceu Donizeti Barbosa, vice-presidente do Sindicato.

De acordo com informações do próprio secretário, a ideia é realocar a jornada extra desses profissionais de acordo com a necessidade da pasta, que hoje se concentra na substituição dos professores afastados, abonados, licenciados e outros.

“Desde que a medida foi anunciada diversos profissionais vieram nos procurar, eles estão desesperados com a situação. É descabido e irresponsável tomar medidas tão drásticas dessa forma, sem nem ao menos considerar o impacto na vida pessoal e profissional dessas pessoas”, explicou a coordenadora da Seccional da Educação, Cristiane Gonçalves.

O Sindicato não compactua com a medida e fez questão de argumentar com o secretário a respeito dos prejuízos que, principalmente os alunos, podem vir a ter no futuro por conta dela. “Esses professores hoje exercem papel de extrema importância dentro das salas de aula, são parte do dia a dia das crianças e representam um significativo vínculo entre a escola e o aluno. Eles são preparados para atuar pedagogicamente e configuram um fator facilitador no auxílio das dificuldades em classe. Hoje são indispensáveis”, ressaltou a professora.

Para a entidade faltou diálogo entre Secretária e categoria. “Nossa premissa é o diálogo sempre, medidas unilaterais geralmente terminam em catástrofe e o governo sabe muito bem disso. Ouvir a categoria é essencial, é o trabalhador quem está todo dia dentro da sala de aula, quem conversa com o aluno e sabe de todas as dificuldades pedagógicas dentro e fora de classe, não se pode mudar a rotina e muito menos desestabilizar a vida tanto da criança, quanto do professor sem uma justificativa realmente plausível”, finalizou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

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