Sindicato discute com IPM procedimento para prova de vida e atraso nas pensões por morte

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A direção do Sindicato dos Servidores Municipais esteve reunida na manhã da última segunda-feira (25) com a superintendência do Instituto de Previdência dos Municipiários de Ribeirão Preto (IPM) para mais uma vez discutir a dificuldade dos trabalhadores aposentados com o processo de prova de vida e também a demora na concessão da pensão por morte.

Há alguns meses testando um sistema completamente digital para a comprovação de vida, o IPM dificultou o acesso de uma boa parcela de servidores aposentados e também pensionistas que necessitavam passar pelo procedimento, mas, que, pela pouca proximidade com a tecnologia, não conseguiram acessar ou concluir o processo. Desde o início da implantação da medida o Sindicato vinha conversando com o Instituto em busca de uma solução menos traumática para os trabalhadores, e há alguns dias conseguiu com a instituição a possibilidade de se comprovar os dados via requerimento reconhecido em cartório e encaminhado ao IPM.

“Nossos aposentados estão bastante apreensivos sobre a prova de vida, muitos com medo de perder o benefício por não possuírem intimidade com o mundo digital, com o aplicativo desenvolvido pelo IPM ou até mesmo não possuírem celular ou internet para o acesso. Felizmente nós conseguimos uma brecha com a autarquia e aqueles servidores que não possuírem meios de realizar o procedimento de forma online agora tem uma outra possibilidade menos complicada”, explicou a coordenadora da Seccional do Sassom e IPM, Cleide Puga.

De acordo com procedimento estabelecido pelo próprio Instituto, o servidor que não possuir condições de realizar a prova de vida online deverá preencher um requerimento, reconhecer firma do documento em cartório e encaminhá-lo a sede do IPM até o dia 15 do mês de aniversário. “Sobre a prova de vida a superintendente nos informou que a partir do ano que vem, quando houver a venda da folha de pagamento para uma nova instituição bancária, a intenção do IPM é repassar ao banco a responsabilidade do procedimento. Para nós, essa ainda é uma solução a ser estudada, nossos aposentados e pensionistas merecem todo cuidado e respeito e somente concordaremos com tal medida se a mesma se provar eficiente e facilitar a vida do servidor”, afirmou o presidente do Sindicato, Valdir Avelino.

Outra preocupação que o Sindicato já havia levado ao IPM em reunião anterior era o atraso na concessão de pensões por falecimento. De acordo com o apurado pela entidade que representa o funcionalismo municipal, muitas famílias, além de lidar com a dor da perda do ente querido, também sofriam meses lutando para ter garantida a pensão que lhes é de direito. “Muitas famílias nos procuram desesperadas pois eram integralmente dependentes do salário daquele servidor e quando acontece o falecimento elas sofrem além do luto, a angustia de não saber como vão se manter financeiramente uma vez que a autorização da pensão não acontece de forma rápida, pelo contrário, muitas esperaram cinco, até seis meses para receber”, relatou Cleide.

Após a cobrança do Sindicato o Instituto de Previdência informou que trabalha para agilizar o procedimento e facilitar o acesso dos familiares ao benefício. “Segundo a superintendência foram feitos ajustes para que o processo seja mais rápido. O que nos foi informado também é que o IPM trabalha na criação de um sistema que vai dar maior celeridade aos trâmites, para que as famílias não passem um único mês a espera da pensão. Sabemos o quanto esse dinheiro faz diferença e não queremos que isso seja mais um fator estressante nesse momento tão difícil que é a perda de uma pessoa querida”, finalizou o presidente.

 

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