Levantamento do Sindicato aponta falta de segurança nas Unidades de Saúde de Ribeirão

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O assalto a uma médica ocorrido no dia 28 de agosto, na Unidade Básica de Saúde do Bairro Adão do Carmo, onde a profissional por pouco não foi feita refém pelo assaltante, reacendeu a discussão sobre a falta de segurança nas unidade de saúde de Ribeirão Preto. Em um levantamento feito pelo Sindicato dos Servidores, foi constatado que em praticamente todas as Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF), faltam profissionais para garantirem a segurança dos prédios públicos, dos servidores e da população. Ao todo são 52 unidades (entre UBDS, UPA, UBS, USF e Unidades de Saúde Mental) que em algum momento do dia ficam sem a presença de um profissional de segurança, seja guarda municipal ou agente de segurança. Em casos ainda mais alarmantes, 18 unidades de saúde ficam as 24 horas do dia sem a presença de um profissional da área da segurança.

 

Servidores convivem com a insegurança diariamente nas Unidades de Saúde de Ribeirão Preto

“Em algum momento do dia praticamente todas as UBS e USF ficam sem um guarda ou agente de segurança. Muitas só contam com o profissional no período da noite e outras no período do dia. O correto seria a presença do guarda ou do agente de segurança durante às 24 horas do dia, seja para garantir a segurança do patrimônio ou dos outros servidores que trabalham nas unidades”, diz a Coordenadora da Seccional da Saúde, Débora Alessandra.

UBDS e UPA

Nas Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS) e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) a situação é muito preocupante. Os locais, que atendem os casos de pronto atendimento, contam com a presença de guardas municipais em apenas três dias da semana, devido a escala de trabalho dos GCMs.

A escala da Guarda é de 12×36 (12 horas de trabalho por 36 de descanso). Os GCMs que prestam serviço em UBDS e na UPA, trabalham três dias na semana nestes locais. Nos outros quatro dias as unidades, quando há a necessidade, solicitam a presença do guarda e o mesmo é deslocado de um outro local para atender a demanda emergencial.

“Tivemos a médica que foi assaltada no Adão do Carmo, uma auxiliar de enfermagem foi ameaçada por um paciente psiquiátrico com uma faca na UBDS da Vila Virgínia e outras tantas agressões e tentativas foram registradas em 2015. Sem falar nos furtos que ocorrem nas unidades. É preciso garantir a segurança dos servidores”, relata Débora.  

UBS e USF

O levantamento feito pelo Sindicato dos Servidores aponta que 19 unidades de saúde (entre UBS e USF) contam com a presença de um agente de segurança apenas em horário noturno, quando a unidade está fechada. Durante o dia, apenas duas unidades têm a presença de um agente de segurança, e duas um porteiro. Em outras 18 unidades foi apurado que em nenhum momento do dia existe a presença de um agente de segurança ou GCM. Nestes locais apenas quando solicitado um guarda é deslocado para atender a ocorrência.

Ainda foi constatado que apenas cinco unidade desfrutam da presença de um agente de segurança ou GCM durante as 24 horas do dia.

Unidades de Saúde Mental

Ainda de acordo com os números copilados pelo Sindicato dos Servidores, nos Ambulatórios de Saúde Mental Central e Regional e nos  Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que somam seis locais, dois contam com a presença de um profissional de segurança apenas durante o dia, um apenas durante a noite, um com apenas um porteiro e em dois em nenhum momento existe a presença de um agente de segurança ou GCM, somente quando solicitado.

“O que está acontecendo em Ribeirão é algo muito grave. O patrimônio público e os servidores estão expostos a violência, como a médica no final do mês passado que foi feita refém pelo bandido. Será que o governo está esperando que algo ainda mais grave aconteça para tomar as providências. Hoje Ribeirão tem mais 660 mil habitantes, não adiante continuarmos com aquele pensamente provinciano, somos uma grande cidade e temos que agir como. É preciso contratar mais GCMs, mais agentes de segurança, para que os servidores e a população tenham tranquilidade de sair de casa para trabalhar ou para procurar atendimento médico em nosso município. Segurança é um assunto muito sério e tem de ser tratada com tal seriedade. Há muito tempo cobramos a contratação de guardas municipais e de agentes de segurança e queremos que o governo faça o seu papel”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.

Confira os números levantados pelo Sindicato em UBS, USF e Unidades de Saúde Mental.

Unidades com a presença de um profissional de segurança no período noturno

20 Unidades

Unidades com a presença de um profissional de segurança no período diurno

4 unidades

Unidades sem a presença de um profissional de segurança em todos os períodos

20 unidades

Unidades com a presença de um profissional de segurança durante 24 horas

5 unidades

Unidades com a presença de um porteiro no período diurno

3 unidades

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