Em assembleia realizada na manhã de terça-feira, dia 29 de outubro, na sede do Sindicato dos Servidores, aproximadamente 50 guardas civis municipais pediram melhores condições de trabalho e a troca da superintendência da Guarda.
A assembleia foi realizada depois que diversos guardas relataram a insatisfação com as condições de trabalho e a falta de comando na corporação.
“Muitos problemas foram colocados pelos trabalhadores. De acordo com os GCMs, além da falta de condições de trabalho, com veículos em péssimo estado, problemas com armas e a estrutura precária da sede da corporação, a maioria das questões estão relacionadas à falta de comando. Foram retiradas as horas extras dos trabalhadores e, em função disso, guardas estão trabalhando sozinhos em alguns postos, o que não é correto em se tratando de segurança. A parte operacional da Guarda está deixada de lado, o que é um grande absurdo”, relata o diretor do Sindicato e GCM, Valdir Avelino.
“Estão construindo uma sala específica, toda imponente, com portas de mais de dois metros, para realizar as sindicâncias. Parece um Tribunal. Ao invés de ficar pensando apenas em punir o trabalhador, como estão fazendo com os dois GCMs que estavam em serviço quando a viatura foi incendiada, deveriam pensar em melhores condições de trabalho e retirar os cargos comissionados, sem vínculo, que estão na Guarda. Existe uma pessoa que recebe pela Guarda, mas que trabalha no Palácio Rio Branco; não dá pra entender”, afirma o presidente do Sindicato, Wagner Rodrigues.
Reunião no Palácio Rio Branco
Na assembleia, os guardas civis decidiram cobrar do governo municipal uma reunião e deixaram a sede do Sindicato com destino ao Palácio Rio Branco. Na prefeitura, o Sindicato e os guardas municipais foram recebidos pelos secretários da Casa Civil e Governo, Layr Luchesi Junior e Osvaldo Ceoldo, respectivamente.
Todas as reivindicações dos trabalhadores foram expostas aos dois representantes do governo.
“Foi importante. Os GCMs expuseram para os secretários as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia e cobraram soluções para os problemas”, completa Valdir Avelino.
O superintendente da Guarda, André Luiz Tavares, foi chamado para a reunião, mas chegou apenas no final do encontro.
A prefeita Dárcy Vera passou rapidamente pela reunião e, alegando outro compromisso, pediu para que as reivindicações fossem feitas através de um ofício e, posteriormente, se marcasse uma nova reunião para a discussão dos itens reivindicados pelos GCMs.
Ofício
O ofício, contendo todos os itens solicitados pelos trabalhadores, foi feito pelo Sindicato e protocolado na sede da prefeitura. O Sindicato e os trabalhadores aguardam ansiosamente a data da próxima reunião.
Confira abaixo o conteúdo do ofício que foi protocolado junto ao governo.
Ribeirão Preto, 29 de outubro de 2013.
Ofício nº205/2013
Exma. Sra.
DÁRCY VERA
DD. Prefeita Municipal de Ribeirão Preto
Nesta
Prezada Senhora.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, por seu Presidente Wagner de Souza Rodrigues, vem pela presente solicitar providências aos seguintes problemas que estão acontecendo na GCM (Guarda Civil Municipal):
• Comando sem comprometimento com o operacional;
• Plano de Carreira, Cargo e Salário não tem provisão na LOA – Lei Orçamentária Anual;
• Sindicância: a) Priorização das sindicâncias; b) Reforma e destinação de um local especifico para sindicância, c) Sindicância aberta no caso do incêndio do veiculo da guarda.
• Aplicação da Lei 1350, que insere os GCMS na classe Distinta ou Especial;
• Promoção dos GCMs, automaticamente, para a 1ª Classe;
• Compra de novos coletes;
• Manutenção das viaturas;
• Qualidade do Armamento;
• Maior privacidade nas bases de apoio. Principalmente na base central;
• Substituição dos cargos sem vínculos;
• Volta da escala dupla nos postos de Trabalho;
• Aplicação da escala 12×36;
• Declaração Médica;
• Equipamentos para casos de tumulto e reintegração de área pública.
Atenciosamente,
WAGNER DE SOUZA RODRIGUES
Presidente do SSM/RPGP